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Pesquisadores identificam microplástico próximo ao topo do Monte Everest

O poluente vem das roupas e barracas de tecido sintético usadas pelos aventureiros durante a escalada – e foi encontrado até nas áreas menos movimentadas da montanha.

Por Carolina Fioratti
23 nov 2020, 19h35

Cientistas da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, relataram a presença de microplásticos no ponto mais alto do globo, o Monte Everest. Não é a primeira vez que a ação humana é registrada em uma das áreas mais inóspitas do planeta. Em 2019, uma outra expedição já havia encontrado plástico no local mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas. A região no Oceano Pacífico tem cerca de 11 quilômetros de profundidade.  

A detecção no Monte Everest marca o recorde oposto, se tornando o ponto mais alto a registrar poluição por microplásticos. Localizada na Cordilheira dos Himalaias, a montanha encontra-se a 8.848 metros acima do nível do mar. Ela atrai centenas de pessoas de todo o mundo anualmente. Só no último ano, 660 aventureiros chegaram até o topo – sem contar aqueles que não conseguiram finalizar a escalada. 

Mas o turismo tem seu preço. Os pesquisadores britânicos coletaram oito amostras de 900 mililitros de água líquida e 11 amostras de 300 mililitros de neve de diferentes pontos da montanha. Os microplásticos foram identificados em três das amostras de água e em todas as amostras de neve.

Como era de se esperar, a amostra com maior concentração de poluente (79 partículas de microplástico por litro de neve) veio do acampamento base do Everest, onde muitos dos viajantes ficam aglomerados. Por outro lado, o microplástico foi encontrado até mesmo nas áreas menos movimentadas; em um ponto a apenas 408 metros de distância do pico, os cientistas relataram uma concentração de 12 partículas de microplásticos para cada litro de neve.

 

Os microplásticos, como o nome já diz, são pedacinhos minúsculos de plástico, com menos de cinco milímetros, que se soltam de materiais maiores, com garrafas e sacolas. As pesquisas com esse poluente ainda são recentes, e não se sabe quais riscos eles podem apresentar para o ecossistema. Retirá-los do ambiente não é nada viável – é como aquela velha história de procurar uma agulha no palheiro, só que bem pior. 

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Nas amostras do Everest, os tecidos sintéticos (como acrílico e poliéster) se destacaram. Eles são os materiais utilizados nas roupas, sacolas e barracas dos alpinistas. Enquanto as pessoas sobem a montanha, alguns fiapinhos de tecido vão ficando para trás, perdendo-se em meio ao ambiente congelado. Durante as análises, os pesquisadores estimaram que 400 gramas de microfibra são liberados a cada 20 minutos de caminhada.

Os cientistas também supõem que os microplásticos podem estar atingindo algumas regiões do monte pela ação do vento. Por ser um material pequeno e leve, ele acaba sendo transportado pelas correntes de ar e atingindo diversas regiões. Com o aumento do número de visitas ao Monte Everest, os pesquisadores acreditam que o fenômeno irá se intensificar no futuro.

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