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Peixe-lua solitário ganha amigos humanos de papelão para melhorar sua saúde

Depois de dias sem se alimentar, os cuidadores do bicho descobriram que o problema era a saudade de interações com humanos.

Por Manuela Mourão
25 jan 2025, 19h00

O ser humano está longe de ser o único animal sociável e carente de atenção. E nem estamos falando dos nossos parentes mais próximos: existe um peixe-lua em um aquário no Japão que precisa tanto de interações humanas quanto qualquer Homo sapiens. 

Tanta era a vontade de se comunicar com pessoas que, durante um período de fechamento do aquário em que esse peixe-lua (Mola mola) japonês vive, os trabalhadores do lugar precisaram achar uma solução criativa para a carência.

A situação já tinha virado caso de saúde: o peixe estava tão triste, que parou de comer águas-vivas e começou a esfregar o corpo no tanque incessantemente.

No começo, os biólogos do aquário suspeitaram que poderia ser um caso de parasitas ou problemas digestivos. Foi então que um deles sugeriu que o peixe poderia ter ficado solitário e triste durante a renovação do aquário, quando não houve visitantes.

Ele estava certo. Em uma foto publicada nas redes sociais do aquário Kaikyokan, localizado em Shimonoseki, o peixe-lua é visto nadando em frente a fotos de rostos humanos presos a uma fileira de uniformes, que simulam a fanbase que ele está acostumado a receber.

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E realmente funcionou. Segundo o comunicado do aquário no X (antigo Twitter), o peixe já parecia melhor no dia seguinte. Algum tempo depois, foi possível observar o balanço normal das nadadeiras do animal e o retorno aos hábitos alimentares. 

Esse tipo de animal é encontrado em todos os oceanos do mundo, mas é considerado uma iguaria no Japão: todas as partes do peixe podem ser usadas na culinária. Em cativeiro, a expectativa de vida deles é de até 10 anos, porém raramente são encontrados em aquários por serem exigirem cuidados difíceis.  

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O exemplar de Kaikyokan tem 80 cm e pesa 30 kg. Por mais que o número surpreenda, é pouco quando comparado com outras espécies da mesma família: o maior grandalhão até hoje encontrado, um exemplar de Mola alexandrini, possuía 2,7 toneladas – fazendo jus ao título de maior peixe ósseo do mundo. Em comparação com seus parentes mais próximos, os baiacus, que chegam à no máximo 1 metro de comprimento, os peixe-lua podem triplicar essa medida. 

Mai Kato, um membro da equipe do aquário, disse ao jornal japonês Mainichi Shimbun que o animal “é curioso e nadava até os visitantes quando eles se aproximavam do tanque.”

Nas redes, as imagens e a história foram um sucesso. Quem já tinha visitado o bichano compartilhou vídeos de interações que pareciam uma forma adaptada do animal dizer “oi”. 

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Quem acabou de conhecê-lo espera poder visitar o exemplar em breve com a reabertura do aquário. Por ora, o local ainda não disse até quando os amigos imaginários ficarão acoplados ao vidro.

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