Ossos de ‘vampiros’ da Idade Média são encontrados na Polônia
Os esqueletos tinham buracos atravessando o peito até a espinha - provavelmente porque alguém os pregou no chão com uma estaca
Como se livrar do cadáver de um vampiro? Três opções: queimar o corpo, arrancar a cabeça ou martelar uma estaca de madeira bem no coração do monstro, pregando-o ao chão, para evitar que ele se levante de novo. Foi com marcas das duas últimas opções que arqueólogos do Museu de Fortress Kostrzyn, na Polônia, encontraram três esqueletos da Idade Média – o que mostra que aquelas pessoas eram vistas como vampiras pela comunidade que as enterrou.
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Claro, elas (provavelmente) não eram monstros chupadores de sangue que se transformavam em morcegos e eram alérgicos à luz solar. De acordo com os cientistas, os três esqueletos do século XIII eram de pessoas com alguma deformação física, o que pode ter feito os aldeões da vila de Górzyca, onde os corpos foram encontrados, a acharem que eles eram vampiros.
Dois dos esqueletos (um feminino, o outro masculino) sofriam de cifose, que causa uma corcunda acentuada nas costas – daí, não é difícil imaginar como surgiram as suspeitas de vampirismo: naquela época, bastava uma denúncia para que todo mundo acreditasse que você era um servo do diabo, especialmente se você fosse diferente dos outros (e pontos extras se fosse mulher).
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Dois dos “vampiros” foram enterrados de barriga para baixo e pregados ao chão com uma estaca, e um deles, o homem, foi também decapitado. O terceiro esqueleto, que pertencia a outro homem – este, sem sinais visíveis de deficiências -, teve a cabeça decepada e enterrada longe do resto do corpo, com pedras pesadas, como se fosse para imobilizá-la, caso voltasse à vida. E não foi só isso: para garantir de verdade que os três não fugissem das covas, os aldeões quebraram os joelhos de cada cadáver.
Outra pista de que aquelas pessoas eram vistas como monstros é o lugar onde elas foram enterradas: os túmulos foram encontrados do lado de fora dos muros do cemitério local, e os corpos foram todos sepultados com a cabeça para o leste e os braços cruzados sobre o peito – um padrão muito diferente dos cadáveres tidos como “humanos”, que não tinham orientação cardeal e cujos braços eram postos ao lado do corpo.