O tempo é implacável, envelhecimento
Não há como evitar o envelhecimento da pele. Mas, com alguns cuidados e a ajuda da ciência, você pode retardar ou disfarçar os sinais da idade.
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Atualizado em 31 out 2016, 18h37 - Publicado em 1 ago 1998, 22h00
Xavier Bartaburu
As feias que me desculpem, mas a beleza é fundamental.” Um rosto bonito pode não ser tão importante quanto achava o poeta Vinícius de Moraes (1913-1980), mas é sempre bem-vindo. E, muitas vezes, ardentemente desejado. Das partes do corpo, a pele é a que tem uma relação mais direta com a vaidade. E também a que revela de forma mais ostensiva a ação devastadora do tempo. Na velhice, as fibras de colágeno da derme – a camada debaixo da pele – perdem a elasticidade. Sem sustentação, a superfície fica frouxa. Resultado: rugas.
O principal culpado é o sol. É ele quem destrói essas fibras e, ainda por cima, diminui a espessura da epiderme. “Quem toma pouco sol envelhece mais tarde”, assinala o dermatologista Luiz Carlos Cucé, professor da Universidade de São Paulo. Para piorar, a camada de gordura debaixo da pele diminui, aumentando a flacidez, como se a pessoa tivesse emagrecido e continuasse a usar as mesmas roupas folgadas. Para retardar o relógio natural, surgiram os cosméticos e, mais recentemente, as cirurgias plásticas. A função dos cremes anti-rugas é a de lubrificar a pele, que fica seca com a idade. Existem métodos mais radicais, como o peeling, que consiste em arrancar a superfície da pele para estimular a produção de células novas e jovens.
Sempre na moda
São raras as mulheres tão discretas a ponto de dispensar um batonzinho. O hábito de pintar o corpo – ou partes dele – já vem de muito tempo, mas o costume não tinha, na origem, motivações estéticas. Comunidades primitivas usavam a pintura para afastar os maus espíritos ou para identificar uma posição social. Mais tarde, a pele pintada se tornou um elemento de beleza, principalmente feminina. Pinturas egípcias de 3 000 anos atrás mostram que as mulheres já se maquiavam na época dos faraós
Quem sabe é super
Os filhos de um casal miscigenado dificilmente têm tonalidades de pele iguais. A diferença de cores acontece porque existem pelo menos três pares de genes responsáveis pela produção de melanina, o que permite diversas combinações.
As marcas da longevidade
O rosto enrugado de Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), no final da vida, mostra ao mesmo tempo a fragilidade e a resistência da pele diante da passagem dos anos. A velhice não diminui a eficiência da pele como armadura do corpo. Ela continua a cumprir sua missão tão bem quanto na juventude
Esculpindo o rosto
Conheça os principais tipos de cirurgia plástica.
ATAQUE ÀS RUGAS
A cirurgia de face-lifting é a mais comum para tirar as rugas da face. Primeiro, o cirurgião faz cortes nos dois lados do rosto, junto ao couro cabeludo e em volta das orelhas. A pele é, então, descolada do tecido adiposo e esticada. O cirurgião retira a pele que estiver “sobrando” e costura o resto no mesmo lugar. Os cortes costumam deixar cicatrizes. Por isso são feitos em lugares onde não são vistos com facilidade. Depois de sete ou oito anos, as rugas voltam a aparecer.
SÓ PARA MULHERES
Existem dois tipos de cirurgia de mama, a de redução e a de aumento. Na primeira, o cirurgião faz um corte embaixo do seio e outro, vertical, até o mamilo, formando um T invertido. Ele retira, então, o tecido e a gordura em excesso. Já na cirurgia de aumento, o médico faz um corte ao redor da auréola para colocar uma prótese de silicone.
REFORMA NO NARIZ
A cirurgia plástica de nariz não é recomendada antes que os ossos nasais estejam completamente desenvolvidos. Adolescentes insatisfeitos precisam, portanto, esperar um pouco. A rinoplastia, como é chamada, consiste em inserir uma lâmina pela narina e desgastar o osso ou a cartilagem, numa espécie de raspagem. O cirurgião pode moldar só a ponta do nariz ou todo ele, de acordo com a vontade do paciente.
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