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O segredo para não passar o próximo verão (tão) queimado de sol

Em um estudo, a ingestão de vitamina D ajudou a aliviar a barra de quem estava igual a um camarão, melhorando a vermelhidão e diminuindo as dores

Por Guilherme Eler
6 jul 2017, 18h43

É verdade que ainda há uns bons meses de frio pela frente até conseguirmos vestir trajes de banho novamente. Mesmo assim, você que aproveitou o último verão na praia deve se lembrar o quão incômodas podem ser as queimaduras de sol. Para que o show de horrores não se repita nessas férias de fim de ano, é bom já deixar anotada uma dica da ciência: vitamina D. Em um estudo publicado no Journal of Investigative Dermatology, a substância se mostrou um bom alívio para costas doloridas e peles descascando.

Para concluir isso, os pesquisadores expuseram 20 cobaias a uma luz UV forte, simulando o efeito da que radiação solar tem em nossa pele – tudo para causar queimaduras em uma pequena região de seus braços, na altura do bíceps. No intervalo de uma hora depois da sessão de bronzeamento localizada, eles receberam altas doses de vitamina D.

Os cientistas, então, acompanharam a resposta dos participantes, em cada um dos três primeiros dias e até uma semana depois do procedimento. Aqueles que mandaram para dentro pelo menos 50 mil UIs (unidade de medida) de vitamina D apresentaram redução na inflamação e vermelhidão da área queimada, em comparação a quem não foi medicado.

De acordo com o estudo, a atuação da substância parece aumentar a atividade do gene arginase-1, responsável por atuar em tarefas como a reparação de tecidos. E, segundo os resultados, os benefícios se mostraram progressivos. Isso porque as cobaias que ingeriram pílulas com doses de 100 mil ou 200 mil UIs registaram recuperação ainda mais satisfatória – e peles menos irritadas já 48h depois.

Apesar da boa eficácia, os pesquisadores desaconselham o uso da vitamina D como uma espécie de antídoto, como o pós-sol que você corre buscar na farmácia toda vez que abusa das horas de praia. A dose ministrada no estudo é muito alta para ser tomada recorrentemente – e bem além da dose diária recomendada. A quantidade ideal, a efeito de comparação, fica na casa das 400 UIs (10 µg) – 125 vezes menor que a dose inicial usada no experimento.

Os participantes da pesquisa não sofreram efeitos colaterais. Contudo, quando em níveis muito altos, a ingestão vitamina D pode conduzir a um quadro de hipervitaminose, um tipo severo de intoxicação. Ou seja: antes de incluir a substância em seu projeto verão, é bom estar ficar bem longe dos abusos – e, principalmente, procurar um especialista.

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