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O que a tecnologia 6G promete trazer de novo – e quando poderá chegar aos celulares

Ela trabalha com frequências altíssimas, na ordem dos terahertz - e acabou de bater um recorde de velocidade durante os testes

Por Victor Bianchin
23 dez 2024, 16h00

A novela do 5G mal começou em algumas regiões do Brasil, mas a discussão sobre o 6G já está bem avançada. Previsto para entrar em operação comercial no final desta década ou começo da próxima, o 6G deverá trazer uma velocidade 100 vezes maior e uma latência muito menor para os dispositivos móveis, o que facilitará aplicações como “internet das coisas”, carros autônomos, integração de IA para automatização, redes inteligentes, metaverso e muito mais. 

Por enquanto, o 6G ainda está em desenvolvimento e suas características centrais não foram definidas. Mas um de seus aspectos mais importantes, a velocidade, recebeu boas notícias no final de 2024. Um grupo de cientistas da Universidade de Adelaide publicou um estudo no periódico Laser & Photonic Reviews em que afirma ter desenvolvido um pequeno chip de silicone que será capaz de dobrar a velocidade das redes sem fio.

O dispositivo, menor que um grão de arroz, opera numa parte do espectro eletromagnético conhecido como a faixa Terahertz (THz). As frequências em THz têm larguras de banda muito maiores do que as usadas no 5G, permitindo a transmissão de dados em volumes gigantescos. 

As faixas de Terahertz apresentam uma dificuldade técnica: as ondas possuem diferentes polarizações (ou orientações de oscilação de luz). O chip (que os cientistas estão chamando de “multiplexador de polarização”) funciona como uma máquina separadora para ondas de luz, controlando o fluxo de dados para as faixas Terahertz, de modo a não ficarem congestionadas.

Isso permite que diversos sinais enviados compartilhem uma única via, expandindo consideravelmente a quantidade de dados que pode ser transmitida.

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“Nosso multiplexador de polarização permitirá que várias correntes de dados sejam transmitidas simultaneamente sobre a mesma banda de frequência, o que efetivamente irá dobrar a capacidade de dados”, afirmou em comunicado o professor Withawat Withayachumnankul, da Universidade de Adelaide, um dos pesquisadores líderes do projeto.

Os cientistas também realizaram testes para verificar o potencial dessa tecnologia quando aplicada no mundo real. Eles conseguiram transmitir, com sucesso, dois streams de vídeo em alta definição através de uma via Terahertz, efetivamente duplicando a informação transmitida por um único canal.

Em outros testes, conseguiram alcançar uma velocidade de 190 gigabits por segundo, o que é suficiente para baixar seis filmes de alta definição em um único segundo.

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Com essa descoberta, a expectativa dos cientistas é avançar na exploração das faixas Terahertz para o 6G. “Ao superar obstáculos técnicos cruciais, esta inovação deve gerar um pico de interesse e pesquisa no campo”, afirmou o professor Masayuki Fujita, um dos co-autores do estudo.

“Esperamos que, em um ou dois anos, pesquisadores irão começar a explorar novas aplicações e a refinar a tecnologia”, disse.

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