Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Mandíbula de 1,4 milhão de anos pertence a espécie inédita de hominídeo

O Paranthropus capensis tinham mandíbulas mais fortes que as nossas, mas ainda humildes em relação a seus primos brutamontes do mesmo gênero.

Por Eduardo Lima
7 fev 2025, 18h00

Em 1949, uma mandíbula misteriosa despontou em uma caverna do sítio arqueológico de Swartkrans, na África do Sul. A peça, que ganhou o código SK 15, claramente pertencia a algum parente próximo e extinto do Homo sapiens. Na época, não foi possível identificar qual.

Agora, um grupo de pesquisadores propõe que o osso veio de uma espécie diferente e, até então, desconhecida: o Paranthropus capensis. O artigo foi publicado no periódico especializado Journal of Human Evolution, sob liderança do paleoantropólogo Clément Zanolli da Universidade de Bordeaux, na França.

As espécies do gênero Paranthropus têm o apelido de “quebra-nozes” entre alguns cientistas por causa de suas mandíbulas enormes e molares gigantes. A nova espécie, porém, não faz juz à alcunha, já que seu queixo e seus dentes não eram assim tão avantajados.

Antes de descobrirem o novo membro da família, os cientistas conheciam três espécies do gênero Paranthropus: P. aethiopicusP. boisei e P. robustus. Toda essa galera viveu entre 2,7 milhões de anos e 1 milhão de anos atrás, quando o gênero foi extinto.

Há 1,4 milhões de anos, os Paranthropus capensis eram só uma das muitas espécies de hominídeos andando pela África – mas os Homo sapiens não chegaram a conviver com eles. O gênero Homo surgiu há cerca de 2,8 milhões de anos, mas nossa espécie tem “só” 300 mil anos.

Continua após a publicidade
Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:
Continua após a publicidade
Continua após a publicidade
Continua após a publicidade
Publicidade