Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Maconha :enrolando a cura

Maconha pode ajudar a curar o câncer. E o governo dos EUA sabe disso há 3 décadas.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 31 Maio 2007, 22h00

Texto Tarso Araujo

A pesquisa veio de Harvard – e não da cabeça de algum doidão em Kingston. Foi nos laboratórios da melhor universidade do mundo que cientistas trataram com THC, o princípio ativo da maconha, ratos preparados para desenvolver câncer no pulmão. Depois de 3 semanas, chegaram à seguinte conclusão: os ratos que receberam o tratamento com THC apresentaram tumores 50% menores que um outro grupo de ratos, esse sem acesso ao tratamento especial. A pesquisa de Harvard tem sido tratada como pioneira pela imprensa americana. Mas não é bem assim. Tão surpreendente quanto o resultado é saber que os médicos não descobriram nada de novo. Maconha pode ajudar a tratar o câncer? Tem gente falando disso desde 1974!

Há 7 anos um estudo semelhante feito na Espanha mostrou resultados bem parecidos. Na pesquisa da Universidade Complutense de Madri, 1 em cada 5 ratos tratados com THC se curou de um tumor no cérebro. Mais velha ainda é a descoberta dos pesquisadores da Faculdade Médica da Virgínia. Em 1974, eles notaram que o tratamento de 20 dias com THC reduziu significativamente o tamanho dos tumores em ratos com câncer de pulmão. Que fique bem claro: nenhuma dessas pesquisas permite afimar que “maconha cura câncer”. Mas todas apresentam uma importante linha de investigação na luta contra a doença, que mata 7 milhões de pessoas por ano.

E por que você nunca soube disso? Porque a descoberta dos anos 70 causou um efeito bizarro: a suspensão de todas as verbas federais americanas para pesquisas sobre os efeitos da maconha. Mais tarde, o governo dos EUA ainda estimularia as universidades a destruir as pesquisas feitas com o THC. “Havia uma pressão ideológica para diminuir os estudos nessa área”, diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Unifesp. “A ciência já passou por isso em outros momentos. Os nazistas pesquisaram os efeitos do tabaco, mas o trabalho deles foi descartado por questões ideológicas. Anos depois, confirmou-se uma série de coisas que eles sabiam havia décadas.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.