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Lado oculto da Lua era um oceano de lava, confirmam evidências de sonda chinesa

A missão Chang'e 6 encontrou basalto, uma rocha vulcânica presente em vários pontos da superfície do satélite.

Por Eduardo Lima
18 mar 2025, 18h00

A Lua tem sua rotação sincronizada com o movimento da Terra. Por causa disso, existe uma parte do nosso satélite natural que não fica visível para nós: o lado oculto da Lua.

O mistério espacial é tão interessante, e está tão pertinho da gente, que serviu de inspiração para grandes obras de arte, como um álbum maravilhoso de rock progressivo do Pink Floyd – e o terceiro filme dos Transformers dirigido por Michael Bay.

Aos poucos, estamos desvendando esse pedaço do nosso satélite natural. Em 2024, a missão chinesa Chang’e 6 enviou uma sonda para coletar amostras no lado oculto da Lua. Ela pousou na Bacio do Polo Sul-Aitken, uma cratera de impacto com cerca de 2.500 km de diâmetro formada há 4,2 bilhões de anos. 

Depois de 53 dias de missão, a Chang’e 6 voltou para a Terra em junho de 2024 com quase 2 kg de amostras de materiais do lado oculto. Agora, um novo estudo com base nas evidências coletadas apoia a hipótese de que grande parte do satélite já foi ocupada por um grande oceano de lava em suas primeiras dezenas de milhões de anos.

Rochas vulcânicas

A pesquisa foi publicada por cientistas da Academia Chinesa de Ciências Geológicas em um artigo na revista Science. As análises das amostras de basalto coletadas pela Chang’e 6 mostraram que as pedras têm uma composição parecida com rochas do hemisfério visível do satélite, de basalto pobre em titânio. Essa conexão ajuda a pintar uma figura mais completa do vulcanismo na Lua, que provavelmente se espalhava por todo o satélite, e não só pelo lado oculto.

Os cientistas só precisaram de 2 g de material para fazer as análises, que detectaram basalto de 2,8 bilhões de anos. Essa é uma rocha vulcânica, e sua existência em pontos tão diferentes da superfície lunar é uma evidência bem forte para a existência de um oceano de lava que se espalhava pela superfície lunar.

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Essas pedras do lado visível da Lua, coletadas por missões passadas do programa Apollo da Nasa, se diferenciam das rochas no lado oculto por causa da presença de alguns isótopos de urânio e chumbo. A explicação que os pesquisadores propõem para essa diferença é que o impacto de asteroide que criou a Bacia do Polo Sul-Aitken (que fica no lado oculto) modificou as propriedades químicas e físicas do manto lunar na região, então as rochas se desenvolveram com a influência de fatores diferentes.

A descoberta dos cientistas chineses segue um estudo indiano de 2024, que argumentou que o polo sul da Lua foi coberto por esse mesmo oceano de rocha derretida, como a Super noticiou na época.

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A análise contínua das amostras chinesas coletadas no lado oculto da Lua vai ajudar a explicar a história da Lua. Agora é torcer para que elas inspirem o Michael Bay a dirigir um novo Transformers.

 

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