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Júpiter já teve o dobro do seu tamanho atual – e cabiam duas mil Terras nele

A descoberta nos ajuda a entender como todo o nosso Sistema Solar se formou.

Por Bela Lobato
23 Maio 2025, 14h00

Júpiter é o maior planeta do nosso Sistema Solar. Seu diâmetro é de 142 mil quilômetros, 11 vezes maior do que o da Terra. Mas isso não é nem sua melhor forma: ele já foi ainda maior. É o que diz um novo estudo, publicado na última terça (20) na revista científica Nature Astronomy.

Há cerca de 4,6 bilhões de anos, os primeiros corpos sólidos começaram a se formar no nosso Sistema Solar. Em escala geológica, demorou pouquíssimo tempo para que Júpiter chegasse ao seu maior tamanho da história – apenas 3,8 milhões de anos. Naquela época, Júpiter tinha o dobro de seu tamanho atual e um campo magnético ao menos 50 vezes mais forte.

“Nosso objetivo é entender de onde viemos. E determinar as fases iniciais da formação de planetas é essencial para resolver esse quebra-cabeça”, diz Konstantin Batygin, professor de ciência planetária do Instituto de Tecnologia da Califórnia, que liderou o novo estudo. “Isso nos ajuda a entender como Júpiter e todo Sistema Solar tomou forma.”

Não foi preciso criar uma máquina do tempo para observar a versão antiga de Júpiter. Os pesquisadores estudaram duas luas do planeta, Amalthea e Thebe. Ambas são pequenas, pouco pesquisadas e orbitam o planeta bem próximo de sua superfície. Os pesquisadores analisaram a inclinação das suas órbitas, o que permitiu que eles estimassem quais seriam o tamanho e a força magnética iniciais de Júpiter quando o planeta se formou e moldou as órbitas de suas luas.

“É surpreendente que, mesmo depois de 4,5 bilhões de anos, ainda existam pistas suficientes para nos permitir reconstruir o estado físico de Júpiter no início de sua existência”, diz Fred Adams, professor de física e astronomia da Universidade de Michigan, que também participou do estudo.

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As medições tradicionais geralmente se baseiam em variáveis com maior grau de incerteza, como suposições sobre a opacidade do gás, a taxa de atração de moléculas (acreção) ou a massa do núcleo de elementos pesados. 

O novo estudo, por sua vez, se concentrou na dinâmica orbital das luas de Júpiter e na conservação do momento angular do planeta – valores que são diretamente mensuráveis. O cálculo mostra como era Júpiter em um momento crucial, em que a nuvem de gás e poeira que sobrou da formação do Sol evaporou. Foi esse momento que fixou o desenho básico do Sistema Solar como o conhecemos – embora mudanças continuem acontecendo o tempo todo, claro.

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Foi assim que os pesquisadores chegaram aos resultados finais de volume inicial de Júpiter, que seria capaz de abrigar duas mil Terras – hoje, o planeta gigante abriga 1.321 Terras. 

O estudo não detalha diretamente como um Júpiter desse tamanho seria capaz de influenciar o Sistema Solar primitivo, mas enfatiza que deve ter sido um “papel decisivo” na formação da nossa vizinhança cósmica.

“O que estabelecemos aqui é uma referência valiosa”, diz Batygin. “Um ponto a partir do qual podemos reconstruir com mais confiança a evolução do nosso Sistema Solar.”

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Batygin, vale dizer, é um dos criadores da hipótese do “Planeta Nove”, que diz que um nono planeta desconhecido pode existir nos confins do nosso Sistema Solar, escondido. Explicamos essa história aqui, e também no vídeo abaixo.

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