Índia planeja lançar astronautas no espaço em 2022
O país se tornaria o quarto do mundo a realizar uma missão tripulada fora da Terra, depois de Estados Unidos, Rússia e China
Ná última quarta (15), durante um discurso em Nova Délhi, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou que o governo tem planos de enviar astronautas ao espaço em 2022, quando o país completará 75 anos de independência. Se o plano se confirmar, a Índia se tornará o quarto país do mundo a realizar missões tripuladas para fora da Terra, junto com Estados Unidos, Rússia e China. Segundo a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês), o projeto existe há cerca de dez anos, e começará com duas missões não tripuladas, a primeira delas a ser lançada em 2020.
A ISRO atingiu um recorde no ano passado ao lançar, com apenas um foguete, 104 satélites em órbita. Ok, eram 103 nanossatélites e apenas um satélite. Mas está valendo. Por lá, os astronautas são chamados de vyomnautas – em sânscrito, uma língua ancestral da região, vyom quer dizer “espaço”. Os escolhidos para a futura missão ficarão, no mínimo, uma semana fora da Terra.
A Índia tem conseguido baixar os custos dos programas espaciais. Segundo a organização, o custo para o projeto ficaria em torno de 1,1 bilhão de libras (convertendo, cerca de R$ 5,5 bilhões). Em comparação, o programa norte-americano que levou o homem à Lua nos anos 60 custou, aproximadamente, US$ 127 bilhões corrigidos pela inflação.
Em 2014, a missão da ISRO que colocou uma espaçonave na órbita de Marte – apenas a quarta organização espacial a conseguir tal façanha – custou míseros US$ 73 milhões. O feito, que faria qualquer gestor de custos chorar, virou motivo de zoeira para o primeiro-ministro Modi, que se gabou pelo país ter realizado um lançamento a Marte mais barato que o filme Gravidade, que custou US$ 100 milhões. Aprende, Hollywood!