Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

IA aprende a controlar reator de fusão nuclear

Novo algoritmo promete superar o principal desafio técnico envolvido.

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
22 mar 2024, 14h00

Os reatores de fusão nuclear são bem difíceis de controlar: você precisa aquecer um gás a temperaturas altíssimas, de até 150 milhões de graus, enquanto aciona eletroímãs para evitar que ele se expanda e danifique as paredes da estrutura – tudo isso sem gastar mais energia do que a gerada pela fusão.

O equilíbrio entre essas variáveis é delicado, e um dos principais obstáculos que impedem esse tipo de reator de se tornar uma fonte de energia viável em escala comercial. Mas um grupo de físicos da Universidade Princeton diz ter encontrado a resposta.

Eles criaram um algoritmo de IA que é capaz de identificar situações de instabilidade do plasma (o gás aquecido), e agir para controlá-las, 300 milissegundos antes que elas aconteçam (1).

A IA foi alimentada com dados de vários reatores experimentais, e aprendeu sozinha o que deveria fazer. Em seguida, foi testada com sucesso num deles, mantido pelo National Fusion Facility (laboratório do governo americano na Califórnia). 

Fonte 1. Avoiding fusion plasma tearing instability with deep reinforcement learning. E Kolemen e outros, 2024

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