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Garra gigante encontrada pertence a uma nova espécie de dinossauro de dois dedos

O grandalhão era herbívoro – e usava seus dedões para puxar grandes galhos para sua boca.

Por Manuela Mourão
28 mar 2025, 14h00

Um novo dinossauro acaba de ser descoberto. Bem, na verdade, seu fóssil foi encontrado em 2012, mas apenas agora foi reconhecido como uma nova espécie, batizada de Duonychus tsogtbaatari.

O monstrengo era uma mistura esquisita entre bicho preguiça, hashis japoneses, Edward Mãos-de-Tesouras e girafa. Essa combinação maluca foi descrita em um estudo recente na revista científica iScience, em que os pesquisadores analisaram os pedaços fósseis e descobriram as maiores garras de dinossauro já encontradas.

Treze anos atrás, o fóssil de um dinossauro foi achado por um time de paleontólogos da Academia Mongol de Ciências, no Deserto de Gobi, na Mongólia. Na época, ele foi identificado como integrante da família Therizinosauridae. Os dinos dessa família, por sua vez, integram um grupo maior – o dos terópodes, que inclui também o T. rex. Os terópodes são conhecidos por terem longas garras (parecidas com a de bichos preguiça) e andarem em duas patas. A maioria é carnívora, mas a família herbívora Therizinosauridae é uma exceção.

O conjunto fóssil mongol era formado pelos os braços do dinossauro, incluindo suas garras, além de parte de sua pélvis e grande parte de sua espinha dorsal.

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(iScience (2025)/Yoshi Kobayashi Hokkaido/Reprodução)

Os ossos datam de aproximadamente 90 milhões de anos atrás e pertencem a um dinossauro previamente desconhecido. Eles sugerem que o animal provavelmente teria aproximadamente três metros de comprimento e pesaria aproximadamente 270 quilos. 

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Os pesquisadores deram a ele o nome de Duonychus tsogtbaatari – uma homenagem ao paleontólogo mongol Khishigjav Tsogtbaatar. Por sua vez, o nome do gênero (Duonychus) significa “garra dupla”. 

A escolha não foi à toa. Quando Yoshitsugu Kobayashi, paleontólogo da Universidade Hokkaido no Japão, viu o fóssil pela primeira vez, ficou surpreso ao reparar que o fóssil só tinha duas garras em cada mão. Até então, todos os outros dinos conhecidos da família Therizinosauridae tinham três dedos – ou seja, o achado representava algo inédito e especial. “Não só isso, mas um dos dedos tinha um revestimento de queratina preservado”, disse Kobayashi para a National Geographic.

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A surpresa de Kobayashi surge porque garras de dinossauros eram feitas de ossos cobertos por queratina, o mesmo componente das nossas unhas e cabelos – que, como você deve saber, não são fáceis de preservar. “Ninguém jamais havia encontrado queratina preservada em um dinossauro terópode tão grande antes”, diz Kobayashi.

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Fotografia dos fósseis de um terizinossauros que foram encontrados na área.

As patas do D. tsogtbaatari tinham unhas enormes e serviam para agarrar galhos e puxar vegetações altas para perto de sua boca. Os pulsos do dinossauro eram flexíveis em vez de rígidos, adaptados para agarrar objetos.

Sobre o dedo a menos, os pesquisadores notam que é um fato raro: apenas alguns outros grupos de dinossauros tinham dois dedos, como os grandes T. rex. Mas há uma diferença notável: esses predadores gigantes não usavam seus bracinhos pequenos para muita coisa, nem mesmo para combate ou segurar presas. Já o D. tsogtbaatari utilizava os membros para sua alimentação diária. Além disso, os pesquisadores acreditam que as garras também teriam sido uma ótima arma.

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