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Fóssil de precursor dos pterossauros é encontrado no Rio Grande do Sul

O "Venetoraptor gassenae" sugere que os antepassados dos répteis voadores eram muito mais diversos do que se imaginava. Entenda.

Por Caio César Pereira
16 ago 2023, 12h40
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  • Ilustração do Venetoraptor gassenae.
     (Caio Fantini/Arquivo pesquisadores/Divulgação)

    Jurassic Park (1993) é um clássico atemporal do cinema – mas é bem verdade que, cientificamente falando, ele tem alguns problemas – nem todos os animais do parque viveram no período Jurássico, por exemplo. E nem todos eles eram dinossauros, como os pterossauros –pois é, são coisas diferentes.

    Para além de diferenças morfológicas e anatômicas, os dinossauros, em termos gerais, são os grandes répteis pré-históricos, essencialmente terrestres. Já os répteis voadores estão englobados na categoria de pterossauros. O mesmo raciocínio vale para os répteis marinhos, como os mosassauros e os elasmosaurus.

    Ainda se sabe pouco sobre a origem e os precursores dos pterossauros – mas fósseis recentemente encontrados no Rio Grande do Sul podem fornecer novas pistas.

    Pesquisadores do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (CAPPA), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), encontraram restos fossilizados de um animal que pode ter sido um dos precursores dos pterossauros. O Venetoraptor gassenae, como foi batizado, apesar de terrestre, possuía características que o aproximavam mais dos seus primos alados do que outros répteis terrestres.

    E apesar do nome (e de ser terrestre), o Venetoraptor também não é um dinossauro. Ele faz parte de outra linhagem evolutiva, chamada de Lagerpetidae, que está mais próxima dos pterossauros do que dos próprios dinos.

    Maior variedade

    Analisando os dados anatômicos de vários animais precursores, os pesquisadores descobriram que os antepassados dos pterossauros possuíam uma variedade muito maior dentre eles do que se achava até então.

    “Isso é muito interessante”, diz Rodrigo Müller, que liderou o estudo, publicado nesta quarta (17) na revista Nature. “A gente geralmente pensa que a diversidade dessa linhagem vai surgir nos dinossauros, nos pterossauros, e que as formas precursoras seriam formas simples – formas que, digamos, estariam fadadas à extinção. Mas a gente viu que na verdade, existe uma amplitude de formas.”

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    O próprio Venetoraptor gassenae possuía uma combinação de características bastante atípicas. Ele tinha mãos com garras relativamente grandes para seu corpo (que media um metro de comprimento, aproximadamente), além de um focinho como uma espécie de bico, chamado bico raptorial.

    O fóssil foi encontrado no Geoparque Quarta Colônia, no município de São João do Polêsine (RS). “Venetoraptor” vem de “Vale do Vêneto”, que fica na cidade; “gassenae é em homenagem a uma das criadoras do CAPPA, a professora Valserina Maria Bulegon Gassen. 

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