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Fiocruz cria tecnologia brasileira para desenvolver vacinas de mRNA

A iniciativa pode baratear a produção desse tipo de imunizante, atualmente desenvolvido por grandes farmacêuticas estrangeiras.

Por Eduardo Lima
Atualizado em 22 ago 2025, 10h55 - Publicado em 21 ago 2025, 19h00

Produzir uma vacina é um processo longo e complexo, que envolve, além da ciência, questões jurídicas como patentes. Durante a pandemia de Covid-19, isso ficou claro com os imunizantes de empresas como Pfizer e Moderna.

Os maiores desenvolvedores de vacinas são laboratórios estrangeiros, e trazer esses produtos gringos para o Brasil – pagando royalties para produzi-los em solo nacional – sai caro. Outro problema é que algumas doenças de interesse nacional, como a zika, ficam no fim da fila de prioridade para essas empresas estrangeiras.

Agora, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) criou e patenteou a primeira tecnologia brasileira para produzir suas próprias vacinas de mRNA, sem precisar importar tecnologia de laboratórios estrangeiros. A instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Saúde desenvolveu uma plataforma própria para essa produção.

Quem selecionou a Fiocruz para servir de centro de referência de produção e desenvolvimento de vacinas de mRNA na América Latina foi a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2021. A unidade responsável pelas pesquisas com RNA mensageiro é o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), que fica no Rio de Janeiro. Entre os países da região, o Panamá já demonstrou interesse de firmar uma parceria com a instituição brasileira.

Como funciona a vacina?

A plataforma de produção patenteada pela Fiocruz usa uma tecnologia de mRNA parecida com a que permitiu a produção veloz de vacinas durante a pandemia de Covid-19 para empresas como Pfizer e Moderna. Esses imunizantes usam o RNA mensageiro – molécula responsável por levar as informações do DNA até os ribossomos no processo de produção de proteínas para incentivar respostas imunes do corpo contra invasores.

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Nas vacinas para Covid-19 com base em mRNA, o processo funciona assim: o RNA mensageiro “ensina” os ribossomos do corpo da pessoa vacinada a produzir uma proteína específica, a spike, que o SARS-CoV-2 usa para invadir as células dos seres humanos. Quando o organismo produz essas proteínas, ele também gera uma resposta imunológica contra elas. Essa produção de anticorpos é o que garante a proteção caso a pessoa seja infectada com o vírus.

Com a nova plataforma, os cientistas da Fiocruz já produziram um lote industrial de imunizante contra o SARS-CoV-2 que deve ser testado em humanos até o fim de 2025. A versão brasileira da vacina segue uma estratégia diferente das primas gringas, e por isso foi patenteada.

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O laboratório do Biomanguinhos já fazia estudos com RNA mensageiro desde 2018, focando no tratamento de câncer de mama. Essa linha de pesquisa vai continuar em andamento, além de outras que agora vão poder receber mais atenção com a nova infraestrutura. Nos planos da equipe da Fiocruz está desenvolver vacina contra influenza, chikungunya, zika, oropouche, vírus sincicial respiratório, leishmaniose e tuberculose.

Para muitas das doenças que a Fiocruz pretende pesquisar, como zika ou oropouche, não há nenhuma vacina atualmente. A leishmaniose, por enquanto, só tem vacina para os pets. A equipe de Biomanguinhos já selecionou cinco genes de interesse para tentar desenvolver imunizantes contra a doença.

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