EUA barram a volta de remédio do espaço
Ele foi produzido na órbita terrestre – mas não teve permissão para regressar.
![Colagem com a cápsula espacial, um foguete e pílulas.](https://beta-develop.super.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/10/SI_456_Novas-RemedioEspaco_site.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&h=682&crop=1)
Em 12 de junho, a empresa americana Varda Space Industries fez sua primeira missão: enviou ao espaço, a bordo de um foguete da SpaceX, uma cápsula que pesa 120 kg e contém um minilaboratório farmacêutico.
A ideia é produzir medicamentos no espaço, cuja microgravidade supostamente traz benefícios (as reações químicas formam cristais maiores e com menos defeitos). Na primeira missão, a Varda enviou ingredientes para fazer ritonavir, um medicamento hoje usado para tratar infecção por HIV.
Segundo a empresa, deu certo: os cristais se formaram como previsto. Porém, os EUA vetaram a volta da cápsula: a Varda queria aterrissá-la numa base militar em Utah, em setembro, o que não foi aceito (a Força Aérea americana alegou questões de segurança).
Até a conclusão deste texto, a cápsula com ritonavir espacial continuava em órbita. Antes do bloqueio, a Varda pretendia iniciar sua produção de remédios em escala comercial, com cápsulas indo ao espaço e voltando à Terra todos os meses, em 2026.