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Escrevendo e-mail para ET

Cientistas especulam sobre como mandar uma mensagem inteligível por alienígenas: matemática simples, música ou imagens?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
12 fev 2011, 22h00 • Atualizado em 31 out 2016, 18h52
  • Praticamente tudo que foi feito em termos de busca por inteligência extraterrestre até hoje envolveu “escutar” potenciais sinais oriundos de outras estrelas. Mas não existe nenhum programa ativo que esteja no negócio de efetivamente “telefonar” para as outras estrelas, mandando mensagens aos alienígenas. Isso, basicamente, por duas razões: primeiro, no fundo, no fundo, dá um medinho de mandar recados para um pessoal que a gente nem sabe quem é. E segundo, talvez mais importante, porque ninguém sabe o que dizer a eles.

    Afinal, como projetar uma mensagem que seja compreensível aos ETs? O desafio aqui é criar uma mensagem que seja tão absurdamente compreensível que qualquer civilização com a capacidade de receber o sinal – ou seja, que tenha a tecnologia de radiotelescópios – possa entendê-lo sem grande dificuldade. Não importa se os ETs têm dois dedos em cada uma das 8 mãos, ou não têm olhos e possuem 4 ouvidos – qualquer que seja a referência, eles precisam entender a mensagem.

    Bem, os matemáticos costumam se vangloriar de que seu campo de estudo é a mais pura abstração. A turma que caça ETs parece concordar com eles nesse ponto – a matemática é tão abstrata, mas tão abstrata, que parece independente das qualidades individuais da criatura que está trabalhando com ela. Por isso, ela é tida como a rota mais simples e garantida para escrever uma mensagem para os alienígenas. O famoso astrônomo americano Carl Sagan retratou isso muito bem em seu romance (depois transformado em filme) Contato. Naquela história, para que os terráqueos soubessem que se tratava de uma transmissão artificial, os ETs transmitiam uma sequência de números primos – somente criaturas inteligentes com conhecimento matemático poderiam reconhecer a lógica por trás daquilo.

    Siga

    Tá, até aí, tudo bem. Deixar claro que se trata de um sinal artificial nem é tão difícil. Mas como comunicar algo que seja realmente significativo? O desafio se torna mais complexo à medida que os cientistas tentam colocar a mão na massa para bolar como seria uma mensagem assim. Isso porque, quanto mais informação você tenta introduzir, mais você exige que o ET tenha de adivinhar o que você quer dizer. Uma demonstração eloquente disso é um trabalho feito sob a batuta do próprio Carl Sagan – os discos que as sondas Voyager 1 e 2, despachadas para fora do sistema solar, carregam. O chamado Golden Record, reproduzido nas duas espaçonaves, é um disco com gravações que contêm várias imagens da Terra, amostras de música (de Beethoven a Beatles) e saudações em muitas línguas humanas (inclusive o bom e velho português).

    Beleza. Mas como explicar aos ETs que por ventura encontrem as sondas como ler as gravações? Dê uma olhada no “manual de instruções” na capa do Golden Record e veja se está fácil.

    Música

    Há também quem sugira que a obra de ficção que chegou mais perto de adivinhar a melhor maneira de se comunicar com alienígenas não foi Contato, mas, sim, Contatos Imediatos de Terceiro Grau. No clássico filme de disco voador de Steven Spielberg, a troca de “apertos de mão” entre humanos e alienígenas se dá por meio de sequências de notas musicais. Seth Shostak, astrônomo do Instituto Seti, nos EUA, sugere que a música pode ser um ótimo caminho para uma mensagem. Além de ser essencialmente matemática, trata-se de uma forma de comunicação que pode revelar desde capacidades sensoriais (auditivas) de uma espécie até alguma noção de cultura e senso estético.

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    Ele está certo? Sabe-se lá. Até agora, de todas as mensagens elaboradas pelos cientistas – algumas delas chegaram a ser enviadas por radiotelescópio, outras estão em espaçonaves -, nenhuma chegou a ter seu recebimento confirmado por outra civilização. Se alguém recebeu, não mandou uma resposta.


    DVD para Ets

    Incluído nas espaçonaves Voyager 1 e 2, o Golden Record é um disco de cobre banhado a ouro com mensagens da Terra destinadas a ETs. Na capa, instruções para fazê-lo funcionar.

    YOUTUBE
    Caso a leitura esteja correta, a primeira imagem do disco deve ser um círculo.

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    RELUÇÃO
    Imagem de um quadro de vídeo mostrando a direção da leitura. O código binário indica a existência de 512 linhas verticais por imagem.

    HIDROGÊNIO
    Ilustração dos dois estados menos energéticos do hidrogênio. A transição de um para outro serve como referência de tempo.

    PONTO DE ORIGEM
    Desenho aponta a localização do Sol com relação a 14 pulsares conhecidos; o código binário em cada linha indica a frequência dos pulsos.

    DURAÇÃO
    Visão de perfil do disco, indicando o tempo de duração da gravação (cerca de uma hora).

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    PARA TOCAR
    Diagrama mostra, codificado em código binário, o ritmo de rotação necessário para tocar o disco. A agulha usada, desenhada na lateral, foi incluída na espaçonave.

    ONDAS
    Aparência geral da forma de onda dos sinais de vídeo, com o tempo de leitura de cada imagem em código binário.

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