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Ciência

Elefanta ferida em campo minado ganha nova perna artificial

Prótese inédita salvou a vida de Mosha, que perdeu uma das patas com sete meses de idade na Tailândia

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 6 jul 2016, 18h00

REUTERS/Athit Perawongmetha — REUTERS/Athit Perawongmetha (/)

Mais de uma dúzia de elefantes na Tailândia sofreu acidentes graves com campos minados na fronteira com Myanmar. Foi o caso de Mosha, uma elefanta que com sete meses perdeu a maior parte de uma das patas dianteiras. — 1/12 Mais de uma dúzia de elefantes na Tailândia sofreu acidentes graves com campos minados na fronteira com Myanmar. Foi o caso de Mosha, uma elefanta que com sete meses perdeu a maior parte de uma das patas dianteiras. ()

Em 2010, em uma visita ao santuário dos Amigos dos Elefantes Asiáticos, Therdchai Jivacate, um veterinário ortopedista, aceitou o maior desafio da sua carreira: criar a primeira perna artificial para um elefante. — 2/12 Em 2010, em uma visita ao santuário dos Amigos dos Elefantes Asiáticos, Therdchai Jivacate, um veterinário ortopedista, aceitou o maior desafio da sua carreira: criar a primeira perna artificial para um elefante. ()

A primeira versão da perna de Mosha foi feita meio no chute e teve que ser ajustada aos poucos. Mas ela aprendeu rápido: em 12 horas, já andava com naturalidade com a sua "botinha" — 3/12 A primeira versão da perna de Mosha foi feita meio no chute e teve que ser ajustada aos poucos. Mas ela aprendeu rápido: em 12 horas, já andava com naturalidade com a sua "botinha" ()

A prótese atual é a nona versão da perna de Mosha - como toda boa adolescente, ela cresceu rápido e de repente. A primeira prótese suportava seus quase 600 kg. Hoje, ela pesa quase 2 toneladas. — 4/12 A prótese atual é a nona versão da perna de Mosha - como toda boa adolescente, ela cresceu rápido e de repente. A primeira prótese suportava seus quase 600 kg. Hoje, ela pesa quase 2 toneladas. ()

As próteses são feitas de plástico, borracha e aço e foram ficando mais resistentes a cada novo modelo. O maior desafio era conseguir que a peça fosse funcional e confortável ao mesmo tempo. Senão, seria uma batalha perdida: caso a perna incomodasse, Mosha não ia aceitar andar com ela. — 5/12 As próteses são feitas de plástico, borracha e aço e foram ficando mais resistentes a cada novo modelo. O maior desafio era conseguir que a peça fosse funcional e confortável ao mesmo tempo. Senão, seria uma batalha perdida: caso a perna incomodasse, Mosha não ia aceitar andar com ela. ()

A moda da "botinha" de Mosha pegou: esse outro elefante, chamado Motola, se machucou em um acidente parecido, mas ainda mais grave. Foi o segundo elefante da história a receber uma perna artificial. — 6/12 A moda da "botinha" de Mosha pegou: esse outro elefante, chamado Motola, se machucou em um acidente parecido, mas ainda mais grave. Foi o segundo elefante da história a receber uma perna artificial. ()

A perna artificial de Mosha salvou sua vida: ela conseguia andar só com três patas, mas, para isso, tinha que deslocar quase todo o seu peso para o quadril. Em algum momento o excesso de esforço ia acabar rompendo sua coluna. — 7/12 A perna artificial de Mosha salvou sua vida: ela conseguia andar só com três patas, mas, para isso, tinha que deslocar quase todo o seu peso para o quadril. Em algum momento o excesso de esforço ia acabar rompendo sua coluna. ()

Na época do acidente, Mosha trabalhava ajudando humanos a transportar lenha. Na "hora do almoço", ela foi passear pela floresta - e foi aí que teve um encontro infeliz com os explosivos da fronteira. — 8/12 Na época do acidente, Mosha trabalhava ajudando humanos a transportar lenha. Na "hora do almoço", ela foi passear pela floresta - e foi aí que teve um encontro infeliz com os explosivos da fronteira. ()

O "emprego" de Mosha e Motola não existe mais - o governo proibiu o uso de elefantes para transporar madeira. Mas ainda existem cerca de 3 mil elefantes vivendo soltos na Tailândia - e o risco deles se machucarem ainda é grande. — 9/12 O "emprego" de Mosha e Motola não existe mais - o governo proibiu o uso de elefantes para transporar madeira. Mas ainda existem cerca de 3 mil elefantes vivendo soltos na Tailândia - e o risco deles se machucarem ainda é grande. ()

Com a sua perna nova, Mosha consegue fazer caminhadas diárias pela floresta do santuário - e até dar mergulhos no laguinho da fundação, que fica perto da cidade de Lampang, no norte da Tailândia. — 10/12 Com a sua perna nova, Mosha consegue fazer caminhadas diárias pela floresta do santuário - e até dar mergulhos no laguinho da fundação, que fica perto da cidade de Lampang, no norte da Tailândia. ()

O Dr. Jivacate (à esquerda, na foto) acredita que Mosha sabe quem é o "pai" da sua perna artificial. "Toda a vez que eu venho ao hospital de elefantes ela me faz uma saudação com a tromba", ele <a href="https://www.reuters.com/video/2016/06/30/mosha-the-elephant-gets-her-new-leg?videoId=369121791" target="_blank">contou à Reuters</a>. — 11/12 O Dr. Jivacate (à esquerda, na foto) acredita que Mosha sabe quem é o "pai" da sua perna artificial. "Toda a vez que eu venho ao hospital de elefantes ela me faz uma saudação com a tromba", ele contou à Reuters. ()

As pernas especiais de Mosha e Motola vão se multiplicar: o santuário onde vivem está prestes a abrir uma fábrica de próteses, para ajudar outros elefantes que passaram por acidentes parecidos com seus sapatos gigantes. — 12/12 As pernas especiais de Mosha e Motola vão se multiplicar: o santuário onde vivem está prestes a abrir uma fábrica de próteses, para ajudar outros elefantes que passaram por acidentes parecidos com seus sapatos gigantes. ()

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