Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Crânio de boto pré-histórico gigante é encontrado na Amazônia

Com mais de 3,5 metros, o maior golfinho de água doce já encontrado habitava as florestas equatoriais do Peru há aproximadamente 16 milhões de anos.

Por Caio César Pereira
24 mar 2024, 19h00

Uma equipe de pesquisadores de vários países encontrou o crânio de uma espécie de golfinho de água doce que viveu há aproximadamente 16 milhões de anos. Ou melhor: o osso foi descoberto em 2018, mas o estudo só saiu agora na revista especializada Science Advances – motivo pelo qual você só está lendo a notícia agora. 

A nova espécie, batizada com o nome científico Pebanista yacuruna, tem mais de 3,5 metros de comprimento, o que torna o maior golfinho de água doce já encontrado. Um boto-cor-de-rosa adulto atual alcança, no máximo, 2,5 m. 

Essa espécie pertence à família Platanistoidea, cujos representantes foram muito comuns nas águas terráqueas entre 24 milhões e 16 milhões de anos atrás. Nesse momento da história da Terra, os dinossauros já estavam extintos, e os mamíferos já eram a forma de vida animal dominante. 

A família Platanistoidea não tem parentesco próximo com o grupo a que pertencem os botos cor-de-rosa atuais. “Percebemos que ele não tinha relação com o golfinho cor-de-rosa do rio Amazonas. Encontramos um gigante cujo parente vivo mais próximo está a 10 mil km de distância, no sudeste da Ásia.”

A frase é de Aldo Benites-Palomino, paleontólogo da Universidade de Zurique, na Suíça, em entrevista ao jornal britânico The Guardian. Ele ainda estava na graduação quando identificou o animal por meio da mandíbula e de certas cavidades características nos dentes.

Continua após a publicidade

Segundo os pesquisadores, a descoberta ajuda a entender os problemas enfrentados pelas espécies de golfinhos de água doce atuais. Grande parte desses animais, tanto na América do Sul quanto seus parentes nos rios Ganges e Indo, correm sério risco de extinção. 

O Baiji, conhecido como golfinho do Yang-Tsé, era uma espécie de golfinho de água doce que habitava o rio Yang-Tsé, na China. Ele não é visto há anos, e é considerado praticamente extinto

E caso você esteja em dúvida com os nomes “boto” e “golfinho”, a resposta é que ambos estão certos. É comum, no Brasil, usar “boto” para os animais de água doce e “golfinho” para os de água salgada, mas do ponto de vista científico, não existe essa separação.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.