Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90

Conheça o local atingido por 28 relâmpagos a cada minuto

Por EXAME.com
Atualizado em 31 out 2016, 19h00 - Publicado em 12 ago 2015, 18h00

Por Marina Demartini

A cada minuto, 28 relâmpagos atingem a área onde o lago Maracaibo e o rio Catatumbo se encontram, na Venezuela. O local, segundo o livro Guinness dos Recordes, tem a mais alta concentração de relâmpagos do mundo – 250 por quilômetro quadrado.

Também chamado de Relâmpago do Catatumbo ou Tempestade Eterna, o fenômeno é registrado desde o século 16. Ele ilumina o céu venezuelano todas as noites durante nove horas seguidas.

Muitas teorias já foram feitas sobre o evento. No entanto, a mais aceita pelo meio acadêmico é que ele acontece devido à combinação da topografia e das correntes de ar que circulam no lugar.

“Muitos desses lugares cheios de relâmpagos apresentam características comuns em seu terreno: cadeias de montanhas acentuadas, uma costa muito entrecortada ou uma combinação dos dois”, explicou Daniel Cecil, da equipe de estudos de raios do Centro Global de Hidrologia e Clima da Nasa, em entrevista à BBC.

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Segundo ele, tais características criam um sistema de aquecimento e resfriamento que podem aumentar a chance de tempestades de raios.

Localizado em uma bifurcação dos Andes, o lago passa pela cidade de Maracaibo e tem fim no Mar do Caribe. Devido à cordilheira que circunda o lugar, os ventos quentes do Caribe se encontram com o ar frio que desce das montanhas.

Tal choque faz com que o ar quente suba e forme nuvens cúmulo-nimbo que alcançam 12 quilômetros de altura. Dentro delas, gotas de água vindas do ar quente e úmido se chocam com os cristais de gelo do ar frio.

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Isso produz descargas estáticas que dão início à série de tempestades elétricas. Elas são tão brilhante que podem ser vistas a uma distância de até 400 quilômetros do lago.

Muitas destas informações foram colhidas durante 17 anos por instrumentos a bordo de um satélite que orbita a Terra a cerca de 400 quilômetros de altitude.

Parte da Missão de Medição da Pluviosidade Tropical (TRMM, na sigla em inglês), o projeto é comandado pela Nasa e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão.

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Já deu trégua, mas voltou

O número das tempestades tem seu ápice em outubro, devido às fortes chuvas. Nos meses de janeiro e fevereiro, que são os mais secos, o número de raios diminui.

No entanto, foram poucas as vezes que os raios despareceram totalmente dos céus da região. A primeira vez registrada foi em 1906. O fenômeno não apareceu por três semanas após um terremoto e um tsunami que aconteceram na localidade.

Já em 2010, uma seca causada por outro fenômeno natural, o El Niño, também levou à suspensão temporária das tempestades elétricas. 

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