Conferência sobre o coronavírus é cancelada – por causa do coronavírus
O evento de Nova York se soma à longa lista de cancelamentos ao redor do mundo para evitar grandes aglomerações de pessoas.
O evento Doing Business Under Coronavirus (“Fazer negócios durante o coronavírus”), que estava marcado para acontecer nesta sexta-feira (13/03) em Nova Iorque (EUA), foi cancelado por medo do próprio coronavírus. A ong Council on Foreign Relations (CFR), organizadora da conferência, decidiu seguir as recomendações de evitar grandes aglomerações de pessoas em um mesmo local.
O CFR também decidiu cancelar uma série de outros eventos que ocorreriam entre 3 de março e 11 de abril em vários locais dos EUA, que já têm mais de mil casos da doença confirmados.
A decisão se junta a uma longa lista de cancelamentos de eventos públicos ao redor do mundo, seguindo as recomendações de evitar grandes aglomerações de pessoas, já que o contato é a principal forma de transmissão. De acordo com dados coletados pela Bloomberg, mais de 50 grandes eventos públicos foram cancelados nos EUA pelo mesmo motivo. Somados, esses eventos teriam um público total de mais de 1 milhão de pessoas – e a tendência é que outros eventos também sejam cancelados, só aumentando o número.
Na Itália, o país com mais casos fora da China, a situação está tão crítica que o governo proibiu qualquer aglomeração em público, seja por motivos esportivos, culturais ou até mesmo religiosos, sob risco de multa e até prisão. Estabelecimentos e lojas fecham às 18 horas, viagens internas no país estão sob forte restrição e, caso precise sair de casa por motivos urgentes, deve se manter a pelo menos um metro de outras pessoas.
Medidas parecidas, ainda que em menor escala, têm sido tomadas em vários países, como Alemanha, Áustria, Grécia, Irã e Japão. Na Irlanda, as famosas comemorações do Dia de São Patrício, em 17 de março, também foram canceladas.
A maior expectativa do ano fica para as Olimpiadas de 2020, que deverão ocorrer entre 24 de julho e 9 de agosto em Tóquio, no Japão, atraindo milhões de turistas e reunindo multidões. O país asiático foi um dos primeiros a enfrentar a doença após a China, e já tem mais de 500 casos identificados. O Comité Olímpico Internacional afirma que, por enquanto, não há planos para cancelar ou adiar o evento. Mas admite que ele pode acontecer a portas fechadas – ou seja, sem público.
Enquanto isso, o Brasil não teve nenhum exemplo específico de cancelamento de evento, apesar da recomendação geral de evitar aglomerações desnecessárias.