Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Semana do Cliente: Revista em casa por 9,90

Como este físico conseguiu prever a hora de nascimento da filha

Steve Mould errou a conta por um mísero minuto. Algo plenamente justificável pela margem de erro de sua estimativa, é claro

Por Guilherme Eler
14 dez 2017, 18h35

“Muito ajuda quem não atrapalha” é uma frase que pode definir bem a importância dos pais nos momentos que antecedem o nascimento de uma criança. Como não estão ligados pelo cordão umbilical com ninguém, o papel dos homens até a hora de dar à luz costuma ser mais motivacional. Tudo o que dá para fazer é oferecer apoio moral para a esposa e ajudá-la no que for preciso como o fatídico translado até o hospital, por exemplo.

Para certos pais mais irrequietos, no entanto, esse tipo de tarefa mais burocrática não é lá tão atrativo. Fazer algo para passar o tempo, assim, torna-se uma boa ideia. Para se manter fora do caminho da grávida e de sua primogênita, o britânico Steve Mould conseguiu resolveu seguir essa linha, apostando em algo que adora fazer: mexer com números. O resultado, porém, saiu bem melhor que a encomenda. Fazendo um gráfico estatístico detalhado com a ocorrência e duração das contrações da esposa, o pai-cientista conseguiu prever a hora quase exata do nascimento da filha.

Mould é físico formado pela Universidade de Oxford, mas leva a vida como comunicador científico. Foi exatamente em uma de suas apresentações públicas que ele resolveu revelar aquilo que o permitiu conseguir a façanha. “Senhoras e senhores, apresentei a vocês o bebê mais estatisticamente significante que existe, Lyra”, conclui o vídeo, que você pode assistir abaixo.

Para a tarefa de antecipar os médicos e cravar em que momento Lyra viria ao mundo, Mould precisou apenas de um aplicativo para Android, chamado Contractions Timer. O papel do app era simples: quando uma contração se iniciava, o físico tinha de apertar um botão. Quando os movimentos davam um tempo, o pai parava de contar.

Continua após a publicidade

Sua função principal, com isso, passou a ser conversar constantemente com sua esposa sobre as dores que ela sentia. “Está tendo uma contração agora, querida? Você precisa me falar, se não, não irá funcionar”, brinca, ao contar sobre seu método. Não era exagero: estar sempre atualizando seu banco de dados era importante para chegar o mais próximo possível da perfeição.

O físico exportou as informações que coletara para um computador, e assim, conseguiu gerar um gráfico no Excel em seu laptop — que, claro, levou junto até o hospital. Sabe-se que, normalmente, quanto mais perto de dar à luz uma mulher está, mais demoradas costumam ser suas contrações. E, à medida que as contrações vão ficando mais regulares, mais previsíveis, a margem para erros diminui — ou o desvio padrão fica menor, para usar uma linguagem mais estatística.

Tudo isso permitiu uma análise relativamente precisa: desprezando os resultados muito próximos entre si ou muito distantes, conseguiu-se encontrar um ponto de convergência. E ele aconteceria às 20h55 da noite. Ou seja, essa seria a hora do nascimento da criança.

No fim das contas, Mould acabou errando as contas por um minuto: Lyra veio ao mundo às 20h54, em algum momento de 2015. Este ano, com o nascimento do segundo filho, o pai repetiu a mesma técnica. O menino Aster teve sua estreia às 18h15, como estimado pelo cientista — sem nem fazer ideia de que, desde o útero, já tinha seus passos acompanhados com rigor matemático.

Publicidade

Enquanto você lê isso, o [b] mundo muda [/b] — e quem tem [b] Superinteressante Digital [/b] sai na frente. Tenha [b] acesso imediato [/b] a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado

Enquanto você lê isso, o [b] mundo muda [/b] — e quem tem [b] Superinteressante Digital [/b] sai na frente. Tenha [b] acesso imediato [/b] a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente. Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 63% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.