Comer ovo não aumenta o colesterol nem as chances de infarto
A pesquisa também envolveu pessoas com pré-disposição genética para problemas com colesterol
Sabe todos aqueles ovos caipiras que você deixou de comer? Todas aquelas gemas moles misturando com o arroz, ou o x-egg que virou x-burguer quando bateu na consciência? Pois é, você não precisava ter se esforçado tanto. A ciência provou o que seus instintos já gritavam há tempos: comer ovo de galinha não faz mal para o seu coração.
Acontece que o alimento sempre foi relacionado ao aumento de colesterol LDL (o que faz mal à saúde). Nada mais natural, afinal, o ovo é realmente um alimento muito rico na substância. O que o novo estudo da Universidade Finlândia Oriental afirma é que comer um alimento com muito colesterol não significa que haverá um aumento de LDL no seu sistema circulatório. Você não vai enfartar por causa daquele bife a cavalo.
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O estudo começou a ser produzido em 1984 com 1.032 homens que variavam entre 42 e 60 anos. 32,5% dos participantes do estudo possuíam o gene APOE4, que provoca um mau funcionamento na proteína responsável pelo transporte do colesterol no corpo. Os participantes foram alimentados com uma dieta rica em colesterol, incluindo um ovo por dia e 520 mg de colesterol diário, até 1989.
Os participantes foram acompanhados por 21 anos, e os resultados são claros: o consumo de ovos não aumentou as chances de doença cardíaca, nem mesmo para quem possui o gene APOE4. De acordo com os testes, a alimentação rica em colesterol não alterou a espessura das artérias (o que causaria um infarto). O omelete na janta, segundo os pesquisadores, está liberado.
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