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Cientistas procuram dono de pendrive encontrado em cocô de foca

Dispositivo que foi engolido pelo animal permaneceu intacto mesmo após ser expelido – e passar um ano congelado em um freezer

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 6 fev 2019, 19h39 - Publicado em 6 fev 2019, 19h37

É bem provável que um teste conduzido absolutamente sem querer tenha revelado a marca de pendrive mais resistente do mundo. Pesquisadores da Nova Zelândia localizaram o objeto nas fezes de uma foca-leopardo após ter ficado quase um ano dentro de um congelador na fila de espera para a análise. O dispositivo não só permaneceu fisicamente íntegro mesmo depois de transitar por todo o sistema digestório do animal: ele estava funcionando, repleto de fotos e vídeos. Agora os cientistas querem achar seu antigo dono.

Em um post publicado nesta terça-feira (5) no Twitter, o Instituto Nacional de Pesquisa Aquática e Atmosférica (NIWA) da Nova Zelândia divulgou o curioso caso. Pesquisadores do instituto coordenam um programa para entender melhor a saúde, o comportamento e a dieta desses animais. Focas-leopardo vivem na Antártida, mas não são nada bobas — fogem do inverno polar para passar dias menos gélidos no litoral neozelandês.

Aí que entra o cocô: de acordo com o NIWA, fezes de foca-leopardo são “tão boas quanto ouro” para os especialistas. É um estudo pouco glamuroso, coordenado pela bióloga marinha Krista Hupman. Como são recebidas muitas fezes e não há braço suficiente para analisar tudo, o material fica preservado em um freezer. Quando chega a hora, o primeiro passo é descongelar as amostras. “Então nós basicamente temos que ir fuçando”, disse em um comunicado a pesquisadora Jodie Warren, voluntária do programa.

O processo fica ainda mais escatológico. “Você coloca na torneira fria, tira todas as coisas nojentas, mexe um pouco e separa os ossos, penas, algas marinhas e outras coisas”, descreve Warren. Ela e a colega Melanie Magnan remexiam um cocô coletado em novembro de 2017 na praia de Oreti, sul da Nova Zelândia, na cidade de Invercargill. E lá, no âmago das fezes, encontraram o pendrive. Sem muita esperança, deixaram-no secar algumas semanas. Enfiaram-no em um computador — e não acreditaram no que viram.

Vários arquivos estavam armazenados no dispositivo, entre eles diversas fotos simpáticas de leões-marinhos e um vídeo que mostra uma mamãe leão-marinho brincando com seu filhote nas águas rasas de Porpoise Bay, local que fica a 800 quilômetros de onde o cocô da foca-leopardo foi coletado. O único indício que poderia revelar quem aparece nas imagens é a ponta de um caiaque azul, como você pode assistir abaixo. Obviamente, não ajuda muita coisa.

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Se porventura o dono do pendrive for você, ou se você conhece tal pessoa, o NIWA está mais do que disposto a devolvê-lo. Mas com uma condição. “Se ele for seu e você o quiser de volta, há um preço”, alerta o instituto em nota. “Os pesquisadores de focas-leopardo gostariam de mais esterco do animal, por favor.” Assim, além de reaver seu dispositivo há muito perdido, ainda estará colaborando com a ciência. E uma sugestão à fabricante do pendrive: que tal patrocinar o trabalho dos cientistas?

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