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Cientistas implantam neurônios humanos em ratos

E deu certo: seis meses mais tarde, cerca de 30% do córtex somatossensorial das cobaias era “humano".

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 nov 2022, 10h26

Na experiência, realizada pela Universidade Stanford, os neurônios foram cultivados em laboratório e injetados no córtex somatossensorial (que processa os sinais de tato) de 72 ratos recém–nascidos (1), com apenas três a sete dias de vida – esse foi o momento escolhido porque as conexões cerebrais ainda estão se formando.

Dois meses após o procedimento, 81% das cobaias apresentavam neurônios humanos vivos. Eles se multiplicaram e integraram com o resto do cérebro: seis meses mais tarde, cerca de 30% do córtex somatossensorial dos ratos era “humano”.

Os bichinhos pertencem a uma linhagem geneticamente modificada para ter o sistema imunológico fraco (por isso, seu organismo não atacou as células humanas).

74% deles sobreviveram por um ano, que é a expectativa de vida da espécie. Os bichos não apresentaram anormalidades neurológicas ou de comportamento. E os neurônios humanos aparentemente funcionaram: quando os cientistas sopravam ar nos bigodes dos ratos, eles disparavam sinais elétricos, acusando a sensação de tato.

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Fonte 1. Maturation and circuit integration of transplanted human cortical organoids. S Pasca e outros, 2022.

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