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Cientistas descobrem buraco negro mais antigo conhecido, de 500 milhões de anos após o Big Bang

O buraco negro supermassivo com 13,3 bilhões de anos foi descoberto por uma equipe internacional de astrônomos com dados do telescópio James Webb.

Por Eduardo Lima
6 set 2025, 08h00

Um grupo internacional de cientistas, liderados pelos astrônomos da Universidade do Texas em Austin, identificou o buraco negro mais distante – e mais antigo – já encontrado. Ele e sua galáxia, a CAPERS-LRD-z9, já estavam presentes cerca de 500 milhões de anos depois do Big Bang, o que significa que esse buraco negro supermassivo tem cerca de 13,3 bilhões de anos.

“Esse é praticamente o mais longe que você consegue ir quando está procurando por buracos negros”, explicou em um depoimento o astrônomo Anthony Taylor, líder do time do Cosmic Frontier Center da Universidade do Texas que fez a descoberta. “Nós realmente estamos expandindo os limites do que a tecnologia atual consegue detectar.”

Para encontrar esse buraco negro, eles usaram o Telescópio Espacial James Webb (JWST), que consegue observar objetos muito distantes. Como a luz sempre viaja na mesma velocidade, quanto mais longe o James Webb observa, mais antiga é a luz que ele está observando. Se ele observa algo a um milhão de anos-luz de distância, por exemplo, esse evento registrado pelo telescópio aconteceu há um milhão de anos.

O buraco negro supermassivo descoberto por esse grupo de cientistas já existia quando o universo era uma criança, com 3% da idade que ele tem hoje. Observá-lo com atenção é uma boa oportunidade para entender a primeira infância do cosmos. O artigo que detalha a descoberta foi publicado no Astrophysical Journal.

Como encontrar um buraco negro

Antes desse buraco negro, alguns outros astrônomos já haviam encontrado candidatos mais antigos – mas só candidatos. Nenhum deles tinha a assinatura espectroscópica específica que é associada aos buracos negros até encontrarem a galáxia CAPERS-LRD-z9.

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A espectrometria é a análise da luz em seus diferentes comprimentos de onda, para entender as características de um objeto. Para identificar um buraco negro, os astrônomos procuram por sinais de gás se movendo em alta velocidade.

O buraco negro puxa para si a luz dos gases, e ela é esticada em comprimentos de onda muito vermelhos. É raro encontrar esse tipo de assinatura espectroscópica, mas a galáxia CAPERS-LRD-z9 apresenta esse tipo de luz.

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Com os dados do James Webb, eles perceberam que essa galáxia faz parte de um tipo só encontrado nos primeiros 1,5 bilhão de anos do universo, as “Pontinhos Vermelhos”. Elas são compactas, vermelhas e muito brilhantes. O buraco negro supermassivo é provavelmente o responsável por fazer essa galáxia brilhar tanto, já que ele comprime e aquece os materiais que está consumindo, o que cria muita luz e energia.

A descoberta de CAPERS-LRD-z9 é importante para entender melhor como as galáxias “Pontinhos Vermelhos” funcionam, e pode até ajudar a explicar a coloração delas. Uma nuvem espessa de gás está circundando esse buraco negro, e ela provavelmente influencia na cor da luz quando ela passa pelos gases.

O buraco negro é grande até em comparação com outros supermassivos. Ele tem cerca de 300 milhões de vezes a massa do Sol, e tem cerca de metade da massa de todas as estrelas da galáxia CAPERS-LRD-z9.

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Encontrar um buraco negro desses tão cedo na história do universo é mais uma evidência de que esses primeiros provavelmente cresciam muito mais rápido do que os astrônomos imaginavam, além de uma oportunidade para estudar e entender melhor a formação desses misteriosos objetos astronômicos.

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