Cientistas descobrem 32 novos anfíbios fluorescentes de uma só vez
Brilhar no escuro parecia ser uma habilidade incomum entre esses vertebrados. Até agora.
Até 2017, cientistas jamais haviam encontrado um sapo, rã ou salamandra que fosse naturalmente fluorescente. A habilidade de absorver a luz e refleti-la numa cor diferente era bem conhecida em espécies marinhas e em aves. Mas era só.
Foi então que a perereca Hypsiboas punctatus, que é nativa da América do Sul e pode, inclusive, ser encontrada no Brasil, finalmente se juntou a esse grupo – como você, leitor fiel da SUPER, talvez se recorde. Depois, mais dois sapos e uma salamandra, analisados por outros estudos, também demonstraram ter essa habilidade.
Agora, pesquisadores da St. Cloud State University, nos Estados Unidos, investigaram mais 32 anfíbios – em sua maioria sapos e salamandras. O teste era bem simples: colocar todos eles sob luz UV e ver qual brilhava no escuro.
Para a surpresa do grupo, vários novos anfíbios fluorescentes se acusaram numa tacada só. Todos os 32 bichos testados, sem exceção, adquiriam aquele verde néon característico – alguns para um tom mais próximo do amarelo marca-texto, mas todos brilhantes.
Não podia ser apenas questão de sorte: para os cientistas, isso é um indício de que viemos subestimando por décadas a capacidade de anfíbios de brilhar no escuro. Os pesquisadores trabalham, agora, para entender para que exatamente a habilidade serve: se o brilho tem por objetivo intimidar predadores, função que as cores chamativas em anfíbios já cumprem, ou se serve para atrair a atenção de potenciais parceiros, por exemplo.
Você pode ler o estudo, publicado na revista Scientific Reports, clicando aqui.