Cientistas agora sabem calcular a quantidade de xixi em piscinas públicas
Incontinentes, tremei.
Calor, sol, piscina lotada. Quem nunca entrou em uma piscina pública e pensou: “hm, será que estou nadando numa sopa de xixi alheio?” Agora sabemos: sim, você está.
Até hoje, cientistas não conseguiam medir ao certo a quantidade de urina que existe em piscinas (aquela história de que bastaria jogar um químico na água para que o xixi ficasse colorido e revelasse o meliante de bexiga fraca não passava de lenda). Mas agora, pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, descobriram que há uma substância capaz de entregar a urina: o adoçante.
A urina humana é cheia de ureia e potássio. É possível medir a quantidade desses químicos em uma piscina, se não fosse um detalhe: o suor também contém os mesmos componentes. O que apenas a urina contém são rastros do adoçante acesulfame-K. Há acesulfame-K em refrigerantes dietéticos, em chicletes, em pastas de dente e em temperos industrializados. Quando o ingerimos, ele não é processado pelo nosso corpo e acaba eliminado intacto pela urina. Bingo: é o que os cientistas precisavam para descobrir o mistério do xixi nas águas públicas.
Os pesquisadores analisaram amostras de 29 piscinas públicas canadenses e encontraram o adoçante em todas elas. Em uma piscina do tamanho de um quarto de uma piscina olímpica, havia 30 litros de urina. Em piscinas com um terço do tamanho das olímpicas, a marca chegava a 75 litros. (Tendo em vista que uma bexiga cheia armazena entre 300 e 400 ml de xixi, dá para imaginar a quantidade de pessoas que se aliviou lá dentro.)
Ou seja, se você fazia parte do time dos urinadores anônimos que estavam incólumes até hoje, o seu fim chegou: a ciência já sabe que você existe.