Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Cérebro de paciente continuou ativo por 10 minutos após sua morte

Segundo os pesquisadores, sua atividade cerebral se assemelhava a de uma pessoa em sono profundo

Por Guilherme Eler
15 mar 2017, 16h42

Médicos de uma UTI no Canadá presenciaram na última semana algo até agora inexplicável. Um paciente teve atividade cerebral detectada mesmo 10 minutos após ser declarado morto. Segundo o grupo, as ondas notadas no cérebro se assemelhavam as de alguém que estava em sono profundo. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Canadian Journal of Neurological Sciences.

De modo geral, a morte cerebral é considerada o momento final da vida de um paciente. Uma vez que não há mais estímulos elétricos atravessando o cérebro da pessoa, permite-se atestar, de maneira definitiva, o óbito. O caso analisado, no entanto, segue a via inversa. Mesmo sem pulso, reação nas pupilas ou atividade respiratória, indícios de consciência ainda foram notados.

Os pesquisadores monitoraram quatro pacientes com idade entre 58 e 72 anos, registrando a atividade de seus cérebros em um eletroencefalograma. Em apenas uma das mortes foi observada a situação descrita. O homem tinha 67 anos e faleceu em decorrência de uma parada cardíaca. Ainda assim, a atividade cerebral de cada caso apresentou diferenças significativas, tanto antes como cinco minutos após o óbito – o que indica que a morte humana pode ser um processo mais gradual que se pensava.

A possibilidade dessa atividade cerebral póstuma, segundo os pesquisadores, aponta para um dilema ético e legal no processo de doação de órgãos. Uma vez que o paciente tem o cérebro ainda funcionando, a preparação para cirurgias de transplante, normalmente posterior a falência do sistema circulatório, poderia representar uma violação da vida do paciente, quando potencialmente consciente.

Outros estudos já tentaram investigar o exato instante que antecede a morte, ainda que seu conceito dependa das diferentes interpretações clínicas. Uma pesquisa de 2011 demonstrou que o cérebro e o restante do organismo podem parar em momentos diferentes, ao verificar registros de consciência em ratos 50 segundos após sua decapitação.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.