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Semana do Cliente: Revista em casa por 9,90

Beleza a jato

Simples de aplicar, Botox vira importante aliado na luta contra as rugas e outras marcas do envelhecimento

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 31 ago 2004, 22h00

Maurício Oliveira

Até meados dos anos 90, quem quisesse se livrar de rugas, pés-de-galinha e vincos na testa tinha de recorrer a cirurgias plásticas. Então, como num passe de mágica, surgiu o Botox, marca comercial do medicamento que revolucionou o tratamento de problemas estéticos relacionados ao envelhecimento do rosto. Sua grande vantagem é a simplicidade: a aplicação do produto, feita com pequenas agulhas, demora poucos minutos e não requer internação. Nas quatro horas seguintes à aplicação, o paciente não deve se deitar e mover excessivamente a musculatura da face – sorrindo ou comendo, por exemplo. Adotando esses cuidados mínimos, os resultados começam a aparecer já no segundo ou terceiro dia.

Embora o Botox tenha se tornado popular há pouco tempo, seu uso já era indicado há mais de uma década para o tratamento de problemas neurológicos que se manifestam em contraturas musculares. O incrível é que o produto foi desenvolvido a partir da bactéria que causa uma doença grave, o botulismo. A doença, que pode se originar do consumo de alimentos malconservados – especialmente enlatados, já que a bactéria se desenvolve em ambientes sem oxigênio –, paralisa os músculos e, se não for tratada a tempo, pode causar a morte. Essa mesma propriedade da bactéria Clostridium botulinum passou a ser estudada na década de 60 para o combate de doenças associadas à hiperatividade muscular. Uma das primeiras doenças tratadas pelo Botox foi o blefaroespasmo, contração involuntária das pálpebras, um problema sem origem identificada que atinge principalmente as mulheres.

Em 1992, o laboratório farmacêutico Allergan adquiriu os direitos sobre uma forma de processamento da toxina botulínica tipo A, um dos sete tipos de toxina produzidos pela bactéria Clostridium botulinum. Foi a partir daí que se investiu para valer no estudo dos possíveis usos estéticos. Descobriu-se que a aplicação de doses controladas do produto diretamente em um músculo pode paralisá-lo temporariamente, reduzindo a atividade que produz marcas de expressão. O medicamento atua nos nervos que levam mensagens aos músculos – bloqueia a liberação de acetilcolina, substância responsável pela transmissão da mensagem elétrica do cérebro ao músculo.

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O impacto da descoberta

Com o surgimento do Botox, muitas pessoas ganharam a oportunidade de parecer até 20 anos mais jovens de um dia para o outro, recuperando a auto-estima sem precisar se submeter a cirurgias complicadas

O mal virou bem

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Como uma toxinapassou a ser usadapara fins estéticos

Os descobridores da bactéria causadora do botulismo não poderiam imaginar que, 100 anos depois, a ciência encontraria uma função benéfica para a Clostridium botulinum. O desenvolvimento do Botox partiu de um raciocínio simples: se altas doses da toxina eram capazes de paralisar os músculos, causando o botulismo, talvez a aplicação de doses controladas e direcionadas da mesma toxina pudesse trazer bons resultados quando o problema era o inverso: músculos que se mexiam além do necessário.

A partir de 1992, a permissão para o uso estético do Botox foi sendo obtida sucessivamente em mais de 70 países. Estima-se que um milhão de pessoas no mundo já utilizaram o produto. Muitas se tornaram clientes habituais, já que, para manter os resultados, é preciso reaplicá-lo aproximadamente a cada seis meses. Artistas famosos se tornaram divulgadores do produto – alguns de forma espontânea, falando abertamente sobre o uso de Botox; outros de forma involuntária, simplesmente parecendo mais jovens de um dia para o outro. O problema é que a facilidade de acesso ao Botox leva ao risco de aplicação por profissionais despreparados, o que pode causar uma série de danos à saúde, desde perda de movimentos faciais além do necessário até infecção, fibrose (endurecimento da pele) e destruição de tecidos. Daí a importância de procurar especialistas reconhecidos pelo Conselho Regional de Medicina.

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