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Bactéria desconhecida é descoberta em estação espacial chinesa

O micróbio Niallia tiangongensis é uma bactéria resistente que pode se transformar em esporo e adormecer quando o ambiente fica desfavorável.

Por Eduardo Lima
19 Maio 2025, 18h00

Uma nova espécie de bactéria foi descoberta investigando uma cápsula espacial que esteve a bordo da estação espacial chinesa Tiangong. Esse microrganismo, batizado como Niallia tiangongensis em homenagem ao local em que foi encontrado, tem características que podem ajudá-lo a sobreviver em condições ambientais estressantes – como uma estação espacial a quase 390 quilômetros acima da Terra.

Niallia tiangongensis foi descoberta por pesquisadores do Instituto de Engenharia de Sistemas de Espaçonaves de Pequim e do Grupo de Biotecnologia Espacial do Programa Shenzhou, que organiza as missões espaciais tripuladas da China.

Estudar essa e outras bactérias parecidas é essencial para proteger a saúde dos astronautas e garantir a funcionalidade de longo prazo das espaçonaves.

As amostras das bactérias avaliadas pelos pesquisadores foram coletadas numa cabine utilizada pelos tripulantes da missão Shenzhou-15, que passaram 186 dias na estação Tiangong.

Essa nova espécie de bactéria encontrada na casa provisória dos astronautas foi descrita em um estudo publicado no International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology.

Bactérias resistentes

A espécie inédita de bactéria descoberta na cápsula da estação espacial chinesa é uma prima próxima da Niallia circulans, um micróbio que habita o solo e poucos anos atrás foi reposicionado na árvore da vida.

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Os cientistas pensavam que o microrganismo pertencia ao gênero Bacillus, mas mudaram sua classificação taxonômica a partir de 2020, integrando-a ao novo gênero Niallia.

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Os microrganismos em forma de bastonete do gênero Niallia se assemelham às bactérias Bacillus por empacotar toda sua composição química essencial em esporos resistentes.

Essas células estão prontas para sobreviver a condições ambientais complicadas e ficar dormentes até o momento seguro para voltar a viver tranquilamente como bactérias.

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Não dá para ter certeza se a N. tiangongensis evoluiu na estação espacial Tiangong ou se ela chegou lá como esporo e começou a se desenvolver centenas de quilômetros acima da Terra.

Ela foi encontrada na cabine ocupada pelos três astronautas da missão Shenzhou-15, que dividiram Tiangong com os integrantes da Shenzhou-14. Dá uma olhada nos astronautas dentro da estação:

Fotografia do primeiro encontro de duas equipes de astronautas chineses (Shenzhou 14 e 15) em Tiangong em 30 de novembro de 2022.
(Wikimedia Commons/Reprodução)

O que os cientistas descobriram sobre a espécie é que ela tem uma habilidade única de metabolizar gelatina para conseguir nitrogênio e carbono.

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Isso ajuda as N. tiangongensis a criar uma camada protetora de biofilme  uma comunidade organizada de várias bactérias – para servir de bunker quando as condições ambientais ficarem complicadas.

Por outro lado, essa bactéria encontrada na estação espacial de Tiangong parece ter perdido a capacidade de metabolizar outras substâncias para garantir energia que são o arroz-e-feijão de suas primas aqui na Terra.

Isso mostra uma diversidade antes desconhecida entre os microrganismos do gênero Niallia.

Os cientistas ainda não sabem se essa nova bactéria é um perigo para a saúde dos astronautas da estação Tiangong, e querem continuar estudando a nova espécie. Sua prima, a Niallia circulans, pode causar infecção generalizada em pacientes imunocomprometidos. Não dá para ignorar esses micróbios, seja na Terra ou no espaço.

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