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Astrônomos encontram possível indício de vida em planeta distante

A detecção de duas moléculas específicas no exoplaneta K2-18b é a evidência mais forte de vida alienígena até agora, argumenta estudo

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 27 Maio 2025, 12h36 - Publicado em 17 abr 2025, 10h35

A busca por vida extraterrestre acaba de ganhar um capítulo emocionante.

Um grupo de astrônomos afirma ter encontrado possíveis sinais de vida em K2-18b, um exoplaneta que fica a 124 anos-luz de nós. Usando dados do telescópio James Webb, a equipe identificou na atmosfera desse mundo a presença de dois gases que, aqui na Terra, só são produzidos por organismos vivos, como algumas algas marinhas.

O artigo, publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters, não é uma prova cabal de que a vida extraterrestre foi encontrada. Pelo contrário: a própria equipe responsável pela descoberta levanta várias incertezas sobre a interpretação do resultado e pede mais estudos a respeito. Mesmo assim, os cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, afirmam que essa é, possivelmente, a evidência mais contundente sobre vida alien já publicada até hoje.

Localizado a 124 anos-luz da Terra, o K2-18b orbita uma estrela anã vermelha e é um planeta do tipo “sub-Netuno” – maior que a Terra, mas menor que Netuno. Ele foi descoberto em 2015 e, desde então, vem chamando a atenção de cientistas por estar na chamada “zona habitável”, a região em que o planeta está numa distância de sua estrela que permite a existência de água líquida. 

Em 2019, os primeiros sinais de vapor de água foram detectados no planeta, o que fortaleceu a hipótese de que o K2-18b pode ser coberto por um oceano de água líquida. Depois, em 2023, uma outra análise voltou a mostrar indícios de vapor de água na atmosfera deste mundo, mas não só: os pesquisadores também encontraram traços de dióxido de carbono, metano e, possivelmente, dimetilsulfureto (DMS).

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O novo estudo foca nesta última molécula, o DMS. Aqui na Terra, ela é produzida por alguns organismos vivos, especialmente fitoplâncton marítimos. Não há outra fonte para essa substância no nosso planeta.

A análise reforçou a presença de grandes quantidades de DMS no planeta, ou então de uma outra molécula parecida, o DMSD – ou talvez ambas. Segundo a equipe, as moléculas são abundantes e parecem estar sendo renovadas, ou seja, produzidas perenemente.

É possível, claro, que algum processo ainda desconhecido esteja por trás destas moléculas identificadas na atmosfera do K2-18b, sem envolver organismos vivos. Mas também há a possibilidade de que os gases funcionem como “biomarcadores”, ou seja, indícios de vida. Seria possível que a substância esteja sendo produzida por seres vivos como os da Terra?

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Por estar muito longe, é difícil analisar a composição do planeta. Estudos desse tipo são feitos por meio de trânsitos – fenômenos em que os planetas “entram na frente” das suas estrelas, bloqueando temporariamente a luz delas que chega aqui na Terra ou em satélites. Com instrumentos especializados, dá para analisar a composição da atmosfera dos planetas nesses eventos porque os gases presentes lá alteram a cor da luz (ou seja, seus comprimentos de onda).

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Afirmar que vida alienígena foi encontrada é algo muito ousado, claro, e que precisa de evidências muito fortes. A mera detecção do DMS no planeta não comprova a existência de seres vivos. Mas é um começo para futuras pesquisas.

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Na verdade, pouco sabemos sobre as condições do K2-18b. Sequer sabemos se ele é realmente habitável – a ideia de que é um planeta coberto por oceano de água líquida ainda é uma hipótese não confirmada. 

A busca por vida usando biomarcadores é uma técnica clássica da astrobiologia, o campo da astronomia que estuda a possibilidade de vida alienígena. Mas nem sempre ele dá frutos. Nos últimos anos, por exemplo, rolou a saga da fosfina em Vênus, que dividiu os astrônomos. Uma equipe afirmou que detectou a molécula fosfina, que pode ter origem biológica, no nosso vizinho cósmico, mas outros cientistas contestaram a afirmação. No fim, a ideia de que Vênus pode abrigar vida por conta deste biomarcador não foi para frente… por enquanto. 

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