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Anta albina é avistada em reserva de Mata Atlântica

É o segundo espécime do tipo observado no interior de São Paulo. E o Instagram da SUPER está fazendo uma campanha para batizá-lo.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 11 jul 2019, 12h23 - Publicado em 10 jul 2019, 19h22

Em 2014, o fotógrafo Luciano Candisani, da National Geographic, fez um registro inédito para a biologia: a primeira foto de uma anta albina vivendo na natureza. O animal foi encontrado na reserva ambiental Legado das Águas, na cidade de Tapiraí, em São Paulo. Agora, a reserva anuncia algo que parecia impossível: uma outra anta albina foi descoberta no local, tornando-a o segundo animal albino da espécie a ser registrado fora de cativeiro em todo o mundo. Mas o que torna esses dois espécimes tão especiais?

O albinismo é uma condição extremamente rara na natureza. Ela é resultado de uma mutação genética recessiva hereditária — ou seja, é necessário que tanto o pai quanto a mãe carreguem o gene para que o albinismo seja transmitido ao filho. A condição prejudica a produção de melanina no corpo, resultando na falta de pigmentação da pele, pêlos e tecidos do animal. Existem pouquíssimos registros de mamíferos albinos no mundo e ainda menos de antas albinas.

Depois da descoberta inacreditável, não demorou muito para a primeira anta ser batizada: seu nome é Gasparzinho, um macho que vive no Legado das Águas até hoje. Desde 2014, foram feitos 190 registros do animal. 

No início de 2018, uma nova foto da anta albina apareceu. O bicho apresentava uma mancha nova e parecia maior que Gasparzinho. A reserva natural montou um grupo de especialistas para verificar se a foto mostrava o animal já conhecido ou se aquela poderia ser uma segunda anta albina. 

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À esquerda, o exemplar novo. À direita, o que já era conhecido. (Legado das Águas/Divulgação)
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Depois de um levantamento e comparação entre todas as fotos, a equipe cravou: aquele era, sim, um indivíduo diferente. A principal pista está na orelha dos animais. Enquanto Gasparzinho possui duas orelhas branquinhas e intactas, a segunda anta apresenta um corte na cartilagem da orelha esquerda.

Segundo Mariana Landis, Coordenadora do Projeto Anta e Presidente do Instituto Manacá, é muito provável que a nova anta seja parente do Gasparzinho. Além do albinismo ser uma condição rara e hereditária, os dois indivíduos moram na mesma região da reserva ambiental. 

Para monitorar os dois animais, o Instituto Manacá, em parceria com o Legado das Águas, usa armadilhas fotográficas que disparam quando detectam movimento. Mas calma, nada disso machuca os bichinhos. A captura do animal só é feita em último caso e somente para obter informações científicas importantes. O monitoramento não invasivo é necessário para avaliar o estado de conservação da espécie e elaborar políticas de proteção.

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Até agora mencionamos apenas o nome de Gasparzinho, a primeira anta. Não é à toa: o segundo indivíduo albino ainda não tem nome — mas você pode ajudar a batizá-lo. Em parceria com a SUPER, a reserva Legado das Águas está organizando uma campanha para escolher o nome do animal recém descoberto.

Hoje (11/07), vamos postar uma foto da anta albina no Instagram da SUPER. Os seguidores poderão sugerir os nomes para o bichinho nos comentários do post até domingo (14/07). A SUPER vai selecionar os melhores nomes na segunda-feira e deixar que o público vote no favorito por meio dos stories. 

Não esqueça que comentários chulos não serão aceitos. Use a criatividade: o seu nome pode ser o escolhido para batizar uma das únicas antas albinas do mundo!

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