Agência Espacial Europeia quer construir vila lunar até 2030
Ela serviria de ponto de parada para as missões tripuladas até Marte
Em menos de cinco anos, impressoras 3D gigantes podem começar a imprimir estruturas para a construção de uma vila na Lua. Foi o que a Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou em um simpósio internacional no fim de 2015. O pequeno vilarejo vai servir principalmente para reabastecer naves tripuladas rumo a Marte.
A NASA, em particular, ficou muito interessada na novidade. Cientistas do MIT calcularam que as missões poderiam ser lançadas com até 68% menos peso se a maior parte do combustível for coletada em uma base lunar durante o percurso. Isso diminuiria os custos de mandar humanos para Marte em nada menos que 10 bilhões de dólares por ano. “A estratégia de exploração espacial da ESA define a Lua como um destino prioritário para os seres humanos no caminho para Marte”, comenta Kathy Laurini, da NASA
O plano é enviar robôs para a Lua, no começo de 2020, para que eles comecem a construir as instalações. Depois, é a vez dos astronautas/habitantes chegarem por lá. Em 2013, a ESA começou a estudar as possibilidades de construção lunar, e concluiu que materiais coletados lá seriam mais indicados para empreitada. Isso significa que não é necessário transportar materiais da Terra, o que custaria uma fortuna.
“As nossas impressoras atuais constroem cerca de 2 metros por hora, mas o nosso projeto para a próxima geração deve atingir 3,5 metros por hora, completando um prédio inteiro em uma semana”, disse Enrico Dini, fundador de uma das empresas que trabalha em parceria com a ESA.
Mesmo que a vila lunar não saia do papel, a NASA está decidida a utilizar o satélite como uma espécie de campo de treinamento para quem vai para Marte. A agência está disposta a mandar missões tripuladas para a Lua, onde os astronautas poderão ter uma ideia melhor dos desafios físicos e mentais de desbravar o planeta vermelho.
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