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A ciência da fé

A ciência se curvou aos fatos: dezenas de estudos mostram que fiéis são mais felizes, vivem mais e são mais agradáveis. Mas também não há mais dúvidas de que é possível reproduzir esses efeitos em ateus e pessoas sem religião. Acredite.

Por Sílvia Lisboa
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 25 fev 2014, 22h00

“Como você professa sua fé?”, pergunta o médico Paulo de Tarso Lima a seus pacientes na primeira consulta. Conversar sobre isso virou rotina no setor de oncologia em um dos mais conceituados hospitais do Brasil, o Albert Einstein, em São Paulo, onde Lima é coordenador do Serviço de Medicina Integrativa. Se o doente vai à missa, ele anota na receita: aumentar a frequência aos cultos. Se deseja a visita de um padre, rabino ou pastor, o hospital manda chamar. Se quiser meditar, professores de ioga são convocados. No hospital, a fé é uma arma no tratamento de doenças graves.

A Santa Casa de Porto Alegre também trabalha nesse sentido. O hospital está realizando uma pesquisa inédita, em parceria com a Universidade Duke, nos Estados Unidos, para mensurar os benefícios biológicos da fé. O objetivo é descobrir se os pacientes espiritualizados submetidos à cirurgia de ponte de safena têm menos inflamações no pós-operatório – hipótese já levantada por outros estudos. “Existe um marcador de inflamação que parece apresentar menores níveis em religiosos”, explica o cardiologista Mauro Pontes, coordenador do Centro de Pesquisa do Hospital São Francisco, um dos sete hospitais do complexo Santa Casa da capital gaúcha.

Hoje, as principais faculdades de medicina americanas dedicam uma disciplina exclusiva ao assunto. E, na última década, uma série de estudos mostrou que os benefícios da fé à saúde têm embasamento científico. Devotos vivem mais e são mais felizes que a média da população. Após o diagnóstico de uma doença, apresentam níveis menores de estresse e menos inflamações. “O paciente com fé tem mais recursos internos para lidar com a doença”, diz Paulo Lima. Fé tem uma participação especial no que médicos e terapeutas chamam de coping: a capacidade humana de superar adversidades. “Não posso prescrever bem-estar, mas posso estimular que o paciente vá em busca de serenidade para encarar um momento difícil”, explica o médico. É por isso que mais profissionais têm defendido essa relação. “Atender às necessidades espirituais tem de ser, sim, tarefa do médico”, defende o cirurgião cardíaco Fernando Lucchese, que está escrevendo o livro A Revolução Espiritual com o psiquiatra americano Harold Koenig, autoridade no assunto.

Há um século, o canadense William Osler, ícone da medicina moderna, já defendia isso. Em 1910, ele escreveu um artigo cheio de floreios elogiosos às crenças das pessoas: “a fé despeja uma inesgotável torrente de energia”.

A designer Juliana Lammel, 33 anos, vivenciou isso. Em 2005, cansada de tantas operações sem sucesso para corrigir um estreitamento no ureter, canal que liga os rins à bexiga, ela resolveu fazer uma cirurgia espiritual, mesmo sem ter nenhuma ligação com o espiritismo. “Para mim, era sinônimo de filme de fantasma”, lembra. Ela topou – e sem ceticismo. Para ter resultado, Juliana teria de acreditar piamente, já que o tratamento espírita exige fé do paciente.

Uma vez por semana, por um mês, na mesma hora, ela deitava na própria cama por 30 minutos, ao mesmo tempo em que o grupo espírita fazia a concentração. Ela em São Paulo, eles no Rio de Janeiro. No fim, Juliana voltou ao médico com novos exames. Ele viu os resultados e não conseguia explicar por que os componentes alterados do rim tinham voltado a níveis quase normais. Juliana foi operada mesmo assim, mas o procedimento foi bem menos agressivo do que o previsto, graças, segundo ela, à cirurgia espiritual. O episódio mudou a forma como a designer lida com a fé. “Antes, me forçava a acreditar em algo. Depois disso, passei a acreditar de verdade”.

Vantagens no dia a dia

Uma das maiores pesquisas feitas até hoje, divulgada em 2009, revisou 42 estudos sobre o papel da espiritualidade na saúde, que envolveram mais de 126 mil pessoas. O resultado mostrou que quem frequenta cultos religiosos pelo menos uma vez por semana tem 29% mais chances de aumentar seus anos de vida em relação àqueles que não frequentam. Não é intervenção divina. Não é feitiçaria. É comportamento. Os entrevistados que são religiosos apresentaram um comprometimento maior com a própria saúde. Iam mais ao dentista, tomavam direitinho remédios prescritos, bebiam e fumavam menos. A pesquisa confirmou ainda os dados de um estudo populacional feito em 2001 pelo Centro Nacional de Adição e Abuso de Drogas dos EUA: adultos que não consideram religião importante em suas vidas consomem muito mais álcool e drogas do que os que acham os credos relevantes. É a versão real dos Simpsons e seus exageros estereotipados. Homer faz pouco de qualquer fé, é obeso e alcoólatra. Já seu vizinho, o carola Ned Flanders, é regrado, tem saúde perfeita e corpo sarado.

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Andar na linha é mais comum entre os crentes, e a razão está no poder de autocontrole, dizem os cientistas. É o que defende o psicólogo Michael McCullough. Professor da Universidade de Miami e parceiro de Harold Koenig em pesquisas sobre espiritualidade, ele diz que a fé facilita a árdua tarefa de adiar recompensas, algo fundamental para muita coisa, de fazer dieta a estudar para concursos.

A fé também tem uma relação íntima com a felicidade. Um estudo feito na Europa mostrou que pessoas espiritualizadas se dizem mais satisfeitas do que aquelas que não se consideram como tal. Parte disso se explica na natureza de ateus e céticos em geral. Quem não acredita em nada pode ter mais propensão ao pessimismo porque faz uma leitura objetiva da vida, sem crer em algo divino que mude as coisas. Por outro lado, a certeza da existência de uma recompensa divina muda a vida das pessoas. E não é questão somente de otimismo. Tem algo pragmático aí.

Religiões estimulam algo essencial para o ser humano: o espírito de comunidade. Devotos normalmente não estão sozinhos, o que ajuda nos problemas da vida. Para Andrew Clark, um dos autores desse estudo europeu e professor da Escola de Economia de Paris, as religiões ajudam as pessoas a superar choques ou a pelo menos não se desesperar tanto com os tropeços da vida. Por exemplo, segundo a pesquisa, a queda no indicador de bem-estar foi menor entre os desempregados religiosos do que entre os não religiosos. “A religião oferece ‘proteção’ contra o desemprego”, diz Clark. Na hora do aperto, há sempre alguém para estender a mão. Outra pesquisa, feita pela Universidade de Michigan, EUA, comparou duas formas de amparo recebidas por idosos: o oferecido pelas igrejas e o proporcionado por serviços sociais estatais. A discrepância a favor do suporte religioso foi tão significativa que o autor do estudo, o gerontologista Neal Krause, acredita haver algo de único nesse tipo de apoio.

Até mesmo os ateus são beneficiados pelo espírito solidário oferecido pelas instituições religiosas. Um estudo feito por Clark investigou o efeito da religiosidade dos outros sobre o bem-estar de uma comunidade. A descoberta foi intrigante. As pessoas sem religião de regiões de maioria ateia são menos felizes do que aquelas sem religião de áreas onde a maior parte da população professa uma fé. “Isso não é nada bom para os ateus: eles parecem menos felizes e também fazem os outros menos felizes”, concluiu Clark. A explicação para isso pode estar na compaixão incentivada pelas religiões. A escritora e ex-freira inglesa Karen Armstrong, autora de mais de 20 livros sobre o tema, acredita que o princípio da compaixão está no centro de todas as tradições religiosas. É ela que nos leva a pensar no próximo e a fazer de tudo para aliviar o sofrimento e as angústias dele.

Antônio Gilberto Lehnen, 78 anos de catolicismo ativo, sentiu os efeitos dessa rede de apoio após enfrentar duas cirurgias que quase lhe custaram a vida. Aos 67 anos, ele teve de passar por um transplante cardíaco. Na lista de espera por um novo coração, sem saber ao certo se aguentaria, sua atitude era de gratidão. “Lembro de ele me dizer, com toda a tranquilidade: ‘Planeja tudo aqui que o papai do céu está cuidando de mim’. Era uma atitude confiante”, lembra o cirurgião Fernando Lucchese, que fez a operação. Antônio é grato até hoje. “Não sei quem foi o doador, mas não deixo nem um dia de rezar por ele e pela felicidade da sua família”, diz.

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O que é a fé

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Na Antiguidade, as religiões eram essenciais para unir uma comunidade. “Nas sociedades primitivas, a religião sempre exigiu tanto esforço (de união) que não pode ser encarada só como um acidente evolutivo”, diz Nicholas Wade, autor de The Faith Instinct (“O instinto da fé”, sem edição no Brasil). Essa união foi questão de sobrevivência por milênios. É o que afirma Karen Armstrong em Os 12 Passos para uma Vida de Compaixão. Organizado em pequenos grupos, o homem primitivo precisava partilhar os parcos recursos a mão. Muito antes do surgimento das grandes religiões, altruísmo e generosidade já eram características primordiais a um bom líder tribal.

A genética também ajuda a explicar a origem da fé. O geneticista americano Dean Hamer causou rebuliço no meio científico em 2004 ao anunciar a descoberta dos genes da fé – ou, como ele preferiu chamar, o gene de Deus. Batizado de VMAT2, trata-se de um conjunto de genes que ativam substâncias químicas que dão significado às nossas experiências. Eles atuam no cérebro regulando a ação dos neurotransmissores dopamina, ligada ao humor, e serotonina, relacionada ao prazer. Durante a meditação, por exemplo, esses neurotransmissores alteram o estado de consciência. “Somos programados geneticamente para ter experiências místicas. Elas levam as pessoas para algo novo, ouvem Deus falar com elas”, explica Hamer. O pesquisador aplicou um questionário para medir o grau de espiritualidade em um grupo de 1.001 voluntários. Desenvolvido pelo psiquiatra Robert Cloninger, da Universidade de Washington, o levantamento trazia perguntas ligadas a crenças e rituais. Hamer avaliou os genes dos voluntários e percebeu que as diferenças nas respostas estavam relacionadas com as variações no gene de Deus. Essas variações explicariam por que algumas pessoas são mais espiritualizadas que outras.

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Dá para visualizar isso, literalmente. Exames de neuroimagem mostram a atividade de crenças espirituais no cérebro. O time de cientistas liderado por Andrew Newberg, professor da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e autor do livro How God Changes Your Brain (“como Deus muda o seu cérebro”, sem edição no Brasil), demonstrou que Deus é parte da nossa consciência: quanto mais pensamos nele, mais nossos circuitos neurais são alterados. No primeiro de seus estudos a respeito, Newberg avaliou o impacto da fé ao analisar imagens cerebrais de freiras rezando e budistas meditando. Ele detectou aumento de atividade em áreas relacionadas às emoções e ao comportamento e redução na zona que dá senso de quem somos. A diminuição de trabalho nessa região específica, segundo Newberg, representa a possibilidade de atingir com a meditação um estado em que se perde a noção de individualidade, espaço e tempo. “Você se torna um único ser com Deus ou com o Universo”, escreveu. É o mesmo efeito descrito por Hamer. A ciência não pode provar que Deus existe, mas consegue medir os efeitos da crença no divino nas pessoas.

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Seria possível, então, transformar esses efeitos da fé em um botão no cérebro, que poderíamos ativar quando quiséssemos? O canadense Michael Persinger quis provar que sim ao criar o “capacete de Deus”. Trata-se de um aparelho que estimula uma área específica do cérebro, onde nascem pensamentos místicos e espirituais. Persinger queria saber se dava para simular a sensação de uma prece intensa ou da meditação apenas estimulando essa região cerebral. Ele recrutou voluntários religiosos e não religiosos para o teste. Depois de ficarem uma hora com o capacete, quatro de cada cinco pacientes relataram sentir um estado de transe, com uma sensação de deslocamento para fora do corpo. A maioria dessas pessoas tinha uma predisposição à fé, mas, mesmo assim, o aparelho conseguiu simular experiências religiosas em laboratório. Ou seja, com ele não é preciso rezar para sentir os mesmos efeitos benéficos descritos na reportagem. Da mesma forma que não é preciso seguir uma religião para ter esses benefícios.

Como trabalhar sua fé

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Que fique claro, fé e religião são coisas diferentes. A religião é uma maneira institucionalizada para se praticar a fé, por meio de regras específicas e dogmas. Já a fé é algo pessoal, ligado à espiritualidade, à busca para compreender as respostas a grandes questões sobre a vida, o Universo e tudo mais. Isso pode ou não levar a rituais religiosos. Você pode buscar essas respostas pulando sete ondinhas, acendendo velas, consultando o horóscopo da Susan Miller, pregando faixas de Santo Expedito ou investigando quilos de livros de física quântica. Cada um tem seu jeito próprio.

Vale até ficar louco de cogumelo. Foi o que Roland Griffiths, professor da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, propôs. Sua equipe deu a 36 voluntários cápsulas com altas doses de psilocibina, substância presente em cogumelos alucinógenos. O grupo deitou em sofás com olhos vendados ao som de música clássica. Depois de uma sessão de seis horas, passado o efeito, a maioria relatou ter experimentado uma forte conexão com os outros, um sentimento de união, amor e paz. Até aí, parecia papo de doidão. Mas o professor voltou a falar com os voluntários um ano depois. Eles disseram que se sentiam diferentes. A experiência os tornou pessoas melhores, o que foi confirmado pelas famílias deles. “Se a psilocibina pode causar sensações místicas idênticas àquelas que ocorrem naturalmente, isso prova que esse tipo de experiência é biologicamente normal”, disse Griffiths no fórum de palestras TED. Mais que isso: talvez, drogas alucinógenas tenham benefícios.

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Mesmo sem cogumelos alucinógenos ou um capacete de Deus, é possível atingir artificialmente as benesses da fé. Cientistas garantem que basta ter uma forte crença em algo – e nem precisa ser uma divindade ou força superior. Pode ser qualquer coisa realmente importante para a pessoa. “Se para os crentes é Deus, para os ateus pode ser família ou amigos”, diz Michael Shermer, diretor da Sociedade Cética e autor do livro The Believing Brain (“o cérebro crente”, sem edição no Brasil). “Teoricamente, um ateu pode ter uma poderosa experiência mística”, endossa Andrew Newberg. O pai do gene de Deus, Dean Hamer, segue a mesma linha. “Algumas das pessoas mais espiritualizadas que conheço não acreditam em divindade nenhuma”, escreveu no trabalho em que relatou a descoberta genética. Outra grande autoridade no assunto, o psicólogo Kenneth Pargament, do Instituto de Espiritualidade e Saúde do Centro Médico do Texas, sugere cultivar a espiritualidade exercitando o que ele chama de santificação ateísta. Significa dar a algo importante da vida um status sagrado, mesmo sem acreditar em Deus. A foto do seu filho quando bebê pode ser muito mais sagrada para você que a imagem de Santo Antônio, por exemplo.

Não se trata de banalizar a sacralização, mas o contrário: exercitar a fé dessa forma é uma postura antibanalização da vida, qualquer aspecto pode assumir um caráter divino. E esse hábito de sacralizar aspectos do cotidiano é capaz até de alterar nosso comportamento, segundo uma pesquisa que acompanhou recém-casados. Os casais que consideravam o casamento e o sexo sagrados estavam mais felizes – e transavam mais! No trabalho é a mesma história. Outro estudo, realizado no ano passado, avaliou 200 mães de família que haviam acabado de concluir uma pós-graduação. Apesar da dupla jornada, aquelas que encaravam a carreira como parte de algo maior (e não só a fonte de renda para pagar as contas do mês) se disseram muito mais felizes profissionalmente – e menos cansadas.

Em tese, portanto, é possível usufruir de benefícios semelhantes aos proporcionados pelas crenças divinas apenas focando as energias naquilo que faz bem a você. O psicólogo Elisha Goldstein, autor do best-seller The Now Effect (“o efeito ‘agora'”, sem edição no Brasil), desenvolveu um método que consiste em cultivar momentos sagrados. Primeiro, você escolhe objetos que trazem boas lembranças. Valem fotos de infância, o relógio do avô, uma carta de amor, o primeiro gibi. Todos os dias, preste atenção a esse amuleto por no mínimo cinco minutos. Deixe que os pensamentos invadam sua mente. Relaxe. Após três semanas, avalie suas emoções. Segundo Goldstein, os voluntários que participaram do experimento relataram sentimentos de gratidão, humildade e empatia. Isso porque eles se reconectaram àquilo que realmente importa. Consequentemente, se sentiram menos ansiosos e pessimistas e mais dispostos a ajudar quem precisa. Isso sem ter de orar ou meditar seguindo preceitos religiosos.

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Esses benefícios dependem da intensidade da crença. Quem vai à igreja e fica jogando Candy Crush Saga no celular dificilmente vai usufruir das vantagens da fé. Newberg resolveu passar isso a limpo e pediu a um grupo de ateus que pensassem em Deus. Nenhuma mudança significativa ocorreu. Para eles, não fazia o menor sentido. Então, o melhor é se engajar em atividades em que você realmente acredita. Se seu negócio não é integrar uma igreja, o psicólogo Michael McCullough lembra que algumas ONGs têm regras de conduta e convivência semelhantes, reproduzindo os mesmos mecanismos das religiões que incentivam compaixão, autocontrole, senso de comunidade e comportamento ético.

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Da mesma forma que é possível ter os benefícios da fé mesmo sem religião, há ocasiões em que ela faz mal – e nem precisamos entrar no mérito das guerras religiosas. Atribuir a Deus poderes milagrosos pode levar pacientes a abandonar tratamentos. Há também um outro componente preocupante. Em algumas pessoas, ocorre o que os especialistas chamam de conflito religioso, sentimento que leva a acreditar que a doença ou os sofrimentos são punição divina. Nesses casos, a religião tem um efeito desastroso. Um estudo publicado na revista científica americana Archives of Internal Medicine mostrou que esse conflito está associado a depressão, ansiedade e maior índice de mortalidade. Se fosse bom, fé cega não teria esse nome.

 

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Fotos: Arthuzzi

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Para saber mais

12 Passos para uma Vida de Compaixão
Karen Armstrong, Cia. das Letras, 2012

Religião para Ateus
Alain de Botton, Intrínseca, 2011

 

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