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5 razões científicas para anotar coisas no papel em vez do celular

Se seu forte é teclar, há bons motivos para voltar ao método tradicional, com papel e caneta.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 25 jan 2025, 21h10 - Publicado em 24 jan 2025, 19h00

Você é do tipo que prefere anotar as coisas à mão ou no celular? Se quiser aprender e memorizar aquilo que está escrevendo, é melhor escolher a primeira opção.

Um estudo feito pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia mostra que a escrita à mão estimula a conectividade entre diferentes regiões do cérebro – algo que não acontece quando digitamos. 

“Ao escrever, você tem estímulos sensoriais: você está tocando na superfície, visualizando o conteúdo e lendo palavras que reverberam no seu cérebro”, diz Grace Schenatto, professora da UFMG especialista em memória. Abaixo, confira as vantagens de escrever à mão, segundo a ciência.

1. Aprendizado do conteúdo

Nosso cérebro não armazena todas as informações da mesma forma. A memória semântica são os conhecimentos gerais que geralmente adquirimos na escola: por exemplo, quais são os planetas do Sistema Solar.

Já a memória operacional é aquela que deriva de um raciocínio e associações: você lembra que o Sistema Solar tem oito planetas, e aí começa a nomeá-los. Há ainda a memória episódica, que é a memória do dia da aula em que você aprendeu sobre planetas. 

Assistir a uma aula enquanto faz anotações à mão é uma maneira de gravar o conteúdo aprendido em todos esses tipos de memória.

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Há o conteúdo da lousa (memória semântica), o raciocínio que você deve fazer para acompanhar o professor e anotar o mais importante no caderno (memória operacional), e as particularidades que ocorreram no dia: a lapiseira que quebrou, o desenho que você fez no canto do caderno, entre outros eventos que compõem a memória episódica.

E mais: para anotar, você utiliza uma memória implícita, que é a capacidade de escrever à mão. Esse é o tipo de memória que não é possível descrever, só experienciar. Esse turbilhão de atividade no cérebro, é claro, resulta em um aprendizado mais forte e duradouro.

2. Desenvolvimento da coordenação motora fina

O estímulo sensorial não só facilita a memorização do conteúdo, mas também desenvolve outras habilidades. A coordenação motora fina é aquela utilizada para fazer movimentos precisos com os músculos menores do corpo. Ela é essencial, por exemplo, para artistas plásticos, músicos e até médicos cirurgiões.

Uma das principais maneiras de treiná-la desde a infância é por meio da escrita à mão. Além dos músculos dos dedos, a pessoa aprende a usar o braço, pulso, cotovelo e ombro.

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3. Memorização de palavras

O caderno não tem corretor automático. Escrever à mão ajuda a memorizar a grafia correta das palavras, fazendo com que o aluno desenvolva segurança ao escrever. “Existem muitos estudantes na pós-graduação que sabem escrever no computador, mas não passam em concursos públicos que exigem a prova escrita”, diz Schenatto. “Pode ser um excelente aluno, mas precisa dessa habilidade”.

4. Diferenciação de letras

Você já percebeu como as letras “b” e “d” são semelhantes no computador? Para adultos pode ser fácil diferenciá-las, mas não para crianças em fase de alfabetização.

“Crianças que aprenderam a escrever e ler no tablet podem ter dificuldade em diferenciar letras que são imagens espelhadas umas das outras”, disse a neurocientista Audrey van der Meer, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, ao jornal The Times. “Elas literalmente não sentiram com o próprio corpo como é produzir essas letras”.

Ao escrever à mão, a criança precisa fazer movimentos distintos para desenhar uma letra ou outra. Para o cérebro da criança, isso cria uma diferenciação bem mais forte do que apenas olhar para imagens prontas.  

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5. Melhora no foco

Escrever é um processo mais sofisticado do que digitar. É demorado e envolve diferentes áreas do corpo e do cérebro. Mas isso significa que você precisa prestar mais atenção ao que está fazendo. 

Estudos mostram que, ao escrever, desenhar ou encenar uma palavra que estão lendo, as pessoas precisam focar em processar e o que fazer com a informação recebida. Escrever à mão ativa regiões motoras do cérebro, que criam uma sequência específica de movimentos para aquela palavra. Ou seja: você presta mais atenção ao que está fazendo.

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