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30 mil anos: bebês escavados na Áustria são gêmeos idênticos mais antigos

Os esqueletos encontrados próximo ao Rio Danúbio foram enterrados com cuidado – protegidos por um enorme osso de mamute e decorados com miçangas.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 nov 2020, 13h40

Uma escavação no sítio arqueológico de Krems-Wachtberg, na Áustria, revelou esqueletos de dois bebês gêmeos que morreram há 30 mil anos. Eles estavam enterrados a 5 metros de profundidade, protegidos por um enorme osso extraído do ombro de um mamute – moldado para servir de tampa para uma espécie de caixão.

Um dos gêmeos morreu logo ao nascer; o outro, cerca de 50 dias depois. A tumba foi reaberta para colocá-lo com o irmão. Uma terceira criança foi encontrada a alguns metros de distância. Não havia um osso de mamute para protegê-la – por isso, seu esqueleto está em pior estado de conservação. Foi possível, por meio de uma análise de DNA, determinar que ele era primo dos gêmeos.

A cova tinha forma oval e os bebês foram postos lá dentro “de conchinha”. Junto a eles, foram encontradas 53 miçangas feitas de osso de mamute, que costumavam formar um colar. Como as contas não apresentavam sinais de desgaste por uso contínuo, especula-se que foram esculpidas com finalidade ritualística, especialmente para o enterro.

Foi possível calcular a idade que os bebês tinham quando morreram por meio da quantificação de algumas substâncias presentes no leite materno. Elas se acumularam nos dentes do bebê que sobreviveu alguns dias após o nascimento, mas não deixaram rastros nos dentes do outro bebê, que não chegou a ser amamentado.

O artigo científico que relata a descoberta foi publicado no periódico Communications Biology, da Nature, por uma equipe com dezenas de arqueólogos de diversas universidades da Europa e dos EUA.

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