A natureza está cheia de bichos bonitos. São coelhos, tigres, ursos, pássaros, gatos, cães, girafas, peixes coloridos e filhotes fofos de praticamente qualquer animal para a gente admirar à vontade. Mas, para cada uma dessas gracinhas, há também uma criatura bem menos privilegiada, esteticamente falando, à solta. Sabe como é, para equilibrar a história. Eles estão por todos os lugares: no fundo do mar, nas florestas, nos desertos, em todo canto do globo. E uma coisa é bem certa: cruzar com um deles por aí é garantia de levar um susto nada agradável. Preparado? Acha que aguenta? Respire fundo, porque a bizarrice não é pouca.
Toupeira nariz-de-estrela
Como enxerga mal, essa toupeira, que vive em partes do Canadá e dos Estados Unidos, tem um nariz especial para compensar a quase falta de visão. São 22 minitentáculos rosados, levemente nojentos e hipersensitivos, com a ajuda dos quais ela se guia e encontra comida – no caso, minhocas, lagartas e outros vermes que passam por perto.
Morcego nariz-de-tubo
Encontrada em Papua-Nova Guiné, essa espécie de morcego, que mede cerca de 6 cm, tem uma das caras mais estranhas entre os mamíferos. As orelhas amarelas lembram chifres. Os olhos, alaranjados, são pouco simpáticos. Mas o mais bizarro é nariz, em formato tubular. Não adianta, amigo: nem o sorrisinho salva.
Blobfish
Ele é uma gosma nariguda que mais parece um personagem de desenho animado. Tem essa aparência bonita porque seu corpo quase não tem músculos. Por isso, também, ele praticamente só flutua por aí, como uma água-viva. Onde você encontra um desses? As chances são maiores nas costas da Austrália e da Tasmânia.
Társio filipino
Ele é um dos menores primatas conhecidos: não tem mais de 15 cm de altura e pesa pouco mais de 100 g. Cabe na sua mão. Encontrado principalmente no sudeste das Filipinas, tem sofrido com a extração ilegal de madeira por lá, e corre risco de extinção. Com esses olhões esbugalhados, até que tem algum charme, vai.
Peixe-machadinha
O nome “machadinha” vem do formato do corpo. Ele vive no fundo dos oceanos, não passa de 12 cm e é completamente inofensivo, mas sua aparência é coisa de pesadelo. E diz aí: com essa cara de desespero, de coitadinho, ele não parece saído de uma versão oceânica da obra-prima de Edvard Munch, “O Grito”?
Aie-aie
O aie-aie parece um morcego, principalmente por causa das orelhonas. Ou então um gremlin. Mas só parece. Ele é um lêmure nativo de Madagascar, que mede cerca de 30 centímetros e pesa pouco mais de dois quilos, e é perseguido pela população supersticiosa, que acha que o bicho traz má sorte (por que será?). Um pente, no mínimo, ia bem.
Peixe-morcego de lábios vermelhos
A característica mais marcante desse peixe é que ele parece ter exagerado no batom. Isso sem falar no corpo achatado e no nariz, bem, exótico. E a descrição fica ainda mais bizarra: ele, peixe, nada mal. Então, usa suas nadadeiras para “andar” no chão do oceano. A espécie é encontrada nos Galapagos, em geral, a mais de 30 m de profundidade.
Anta-de-Baird
O maior animal da nossa lista (ele pode ultrapassar dois metros de comprimento e um metro de altura), é encontrado em países da América Central. À primeira vista, lembra um urso ou um lobo, animais de beleza até aceitável. Mas com essa carinha ligeiramente torta e sorrisão aberto. Como se não bastasse, têm só quatro dedos nas patas da frente. E três nas de trás.
Axolote
É uma espécie de salamandra, supersimpática, típica do México. Sorridente, com pele rosada e cerca de 20 cm, certamente faria sucesso como personagem de um filme infantil. O “penteado” exótico, de guelras avermelhadas que lembram penas, ajuda a compor o visual. A parte não-fofa: ele é considerado iguaria em algumas partes do país.