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7 fatores que podem te levar à perda de memória recente

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h13 - Publicado em 30 set 2014, 15h18

Por Bruno Assis

 

Não se lembrar onde guardou a chave do carro, esquecer o que pretendia procurar no Google ou ter dificuldades em recordar aquele número de telefone que acabaram de falar. Apesar dessas três situações serem muito comuns na vida, elas podem ser pistas de que há problemas na memória de curto prazo.

Segundo Maria Aparecida Camargos Bicalho, médica geriátrica e professora da Faculdade de Medicina da UFMG, essa memória de curto prazo “é a capacidade de reter, por alguns segundos, um número limitado de informações”, como, por exemplo, números de 2 a 7 dígitos. O bom funcionamento desse tipo de memória está ligado diretamente a três pontos: atenção, humor e sono. Listamos aqui sete fatores que podem alterá-los e contribuir com a perda desse tipo de memória:

 

1. Uso de drogas (lícitas ou não)

cerveja-copos
Creative Commons/Wagner T. Cassimiro “Aranha”

Não são raros os casos de bebedeira que terminam com alguém que não lembra da noite anterior. O consumo de maconha pode fazer com que você esqueça coisas que estava para dizer ou mesmo se perder no meio de uma frase. Outras drogas também provocam efeitos semelhantes na memória de curto prazo, pois agem no rebaixamento do sensório (uma região do cérebro), afetando a consciência. Algumas delas também podem aumentar a agitação e, com isso, diminuir a atenção do usuário. Isso sem falar que também podem causar distúrbios na neurotransmissão cerebral, dificultando assim a retenção da lembrança.

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2. Estresse
Alguns cientistas já reconhecem que o estresse é uma das principais causas de perda de memória recente, sendo que sua intensidade e tipo influenciam bastante nesse processo. A exposição às neurotoxinas geradas pode causar uma alteração na atividade normal do sistema nervoso central, resultando até em uma atrofia da estrutura onde as memórias se originam, o hipocampo.

 

3. Medicamentos

remedinho
Creative Commons/worak
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Quando o medicamento lida diretamente com o sistema nervoso central, há uma chance dele afetar suas lembranças. Além de reduzir a atenção do paciente, eles também podem causar uma mudança no fluxo normal de neurotransmissão, diminuição da consciência e liberação de neurotoxinas, fatores que podem determinar uma alteração na memória de curto prazo. Vale ficar atento.

 

4. Doenças graves
Algumas doenças graves, como insuficiência cardíaca ou doença renal crônica, também podem causar problemas na memória de curto prazo. Elas provocam a liberação de neurotoxinas, redução do sensório e da circulação cerebral, que estão entre os principais motivos para o rápido esquecimento.

 

5. Apneia obstrutiva do sono
Esta doença crônica é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total das vias respiratórias, o que causa repetidas pausas na respiração durante o sono. Além do ronco, os principais sintomas da apneia obstrutiva são o aumento da agitação durante a noite, uma falta de disposição e a sonolência em excesso durante o dia. Esses três pontos afetam a atenção do indivíduo e, com isso, afetam também a capacidade de funcionamento da memória de curto prazo.

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6. Transtorno do ciclo sono-vigília

insonia
Creative Commons/Carlos Martnz

O período de sono e de vigília dos seres humanos segue um padrão, conhecido como circadiano. Em condições normais, esse período está sincronizado com fatores naturais e oscila dentro de um período de 24 horas. Algumas coisas, porém, como o jet leg provocado por viagens em fusos horários diferentes, estresse e disfunções hormonais, podem causar alterações nesse ciclo. É aí que aparecem aquela famosa insônia ou a sonolência. Da mesma forma que a apneia, este problema pode afetar a atenção por causa da falta de disposição e sonolência, interferindo na memória de curto prazo da pessoa.

 

7. Doenças psiquiátricas
O transtorno de ansiedade, transtorno depressivo e outras doenças psiquiátricas podem causar perda de memória recente por diversos fatores, principalmente aqueles envolvendo o sistema nervoso. Elas podem ser responsáveis pela geração de neurotoxinas, provocar a diminuição da capacidade do sistema nervoso em se adaptar ao longo do desenvolvimento ou até mesmo afetar a capacidade de funcionamento dos neurotransmissores. Além da possibilidade do paciente sofrer com déficit de atenção, que também pode afetar a memória.

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* Dicas para melhorar a memória de curto prazo:
– Agendas, lembretes e anotações podem ser de grande utilidade;
– É possível treinar a memória de curto prazo com atividades padronizadas, que têm como objetivo estimular a atenção;
– Atividades como jogar videogame, ler, tocar instrumentos musicais, meditar e manter um estilo de vida ativo e ocupado contribuem para estimular a cognição.

 

Consultoria: Maria Aparecida Camargos Bicalho, médica geriátrica e professora da Faculdade de Medicina da UFMG.

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