Por Felipe Van Deursen
A criatividade da empresa e dos fãs mais novos ajudou a Lego a sair de uma crise financeira na década passada para bater recordes de faturamento a cada ano. Você pode ler a história na edição de setembro da SUPER, nas bancas e no iPad. Enquanto isso, a gente adianta 12 fatos incríveis sobre essa que é uma das maiores empresas de brinquedos do mundo.
1.
Segundo uma pesquisa recente feita no Reino Unido (possivelmente o país com mais pesquisas per capita do mundo), Lego é o brinquedo mais importante da história. Três mil adultos entre 20 e 40 anos foram entrevistados, colocando os bloquinhos coloridos à frente de ícones como Transformers (sim, eles nasceram brinquedos, bem antes dos filmes), Game Boy e Barbie.
2.
O mítico balde de peças avulsas era um dos maiores sucessos da empresa nos anos 90. Mesmo assim, ele teve a produção descontinuada (termo muito usado para dizer que algo foi simplesmente cancelado). O episódio acabou se tornando símbolo da má fase que a Lego atravessou na virada do século, com um infeliz distanciamento dos fãs. Em meados da década passada, o balde voltou. Ufa.
3.
A Lego começou em 1932 fazendo brinquedos de madeira (o fundador, Ole Kirk Christiansen, era marceneiro, inclusive). Depois, nos anos 40, encontrar madeira na Dinamarca do pós-guerra ficou mais complicado (e caro). Foi aí que entrou o plástico. O bloco clássico, com encaixe que permite a junção das peças, independente de coleção, tipo ou ano de fabricação, surgiria em 1958. É o chamado “sistema Lego”.
4.
Sim, uma pecinha de Lego de 1958 pode ser usada junto com peças produzidas em 2011 para fazer uma construção. A diferença é que agora você tem outras opções de formatos. São mais de 2,5 mil modelos diferentes de peças, com 55 cores.
5.
Produção colaborativa pode soar mais como uma modinha de palestra de tendência do que como algo realmente útil. Mas na Lego isso é realidade. No site da marca, você cria seu projeto, faz a caixa e encomenda o brinquedo. E ainda dá para compartilhá-lo com outros usuários, além de poder comprar as criações deles. O chato é que a Lego não entrega no Brasil.
Falando nisso, participe do novo concurso da SUPER: crie um Lego inspirado em uma matéria nossa (do site, da revista, nova, velha, vale qualquer reportagem) e mande para a gente. O mais votado ganhará um Lego da linha Technic. Já tem muita gente participando. Você tem até o fim do mês para enviar sua criação.
6.
Hoje, 31 bilhões de peças são fabricadas nas 4 unidades da Lego no mundo. Postas lado a lado, as peças vendidas em 1 ano são o suficiente para dar a volta ao mundo 5 vezes. Isso inclui os pneus para veículos, o que faz da empresa a maior fabricante de pneus do mundo, em unidades produzidas.
7.
Meninas são exceção. Lego é brinquedo de moleque: 80% do público é masculino.
8.
O primeiro Lego com motor é velho. Godtfred Kirk Christiansen, filho do fundador, criou um trem motorizado em 1966. O brinquedo inspirou a linha Technic, que é mais realista, com engrenagens e eixos.
9.
É também antiga a parceria entre a Lego e o MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts: data de 1984. Dessa parceria nasceu o Lego mais sofisticado de todos, o Mindstorms, robô com sensores de luz, som e toque. No Brasil, ele custa cerca de R$ 2 mil.
10.
Outra parceria celebrada com os fãs: em 1998, a Lego assinou com a Lucasfilm para recriar a série Star Wars. Podia soar estranho e ousado transformar um universo inteiro, com tramas, personagens e cenários, e deixá-lo com a cara da Lego. Mas deu tão certo que virou até videogame. E abriu caminho para outras franquias: Harry Potter, Piratas do Caribe, Toy Story, Batman, Cars, Indiana Jones etc. Veja se você receonhece as versões de Lego dos filmes de fantasia clássicos.
11.
O popular bonequinho (minifigura é o nome técnico) nasceu em 1978. Inicialmente, eles eram todos amarelos e felizes. Depois alguns ganharam cara de mau, como os piratas.
12.
No Brasil, há somente uma loja oficial Lego, no shopping Cidade Jardim, em São Paulo. De acordo com o gerente, Rodney Araujo, cada cliente gasta em média R$ 5 mil. “Uma vez chegou um sujeito dizendo que tinha vendido um carro para gastar na loja. Deixou R$ 30 mil”, lembra. Esses são os afols, ou adultos fãs de Lego, em inglês.
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Leia na SUPER de setembro a reportagem que conta como a Lego se salvou ao juntar internet, redes sociais, conteúdo colaborativo e a criatividade dos seus fãs. Nas bancas e no iPad.