HP decreta a morte da Palm
“A HP informa que irá descontinuar as operações envolvendo aparelhos webOS, especificamente o [tablet] TouchPad e os celulares webOS”. Foi assim, com um comunicado frio, que morreu uma das empresas mais importantes da história da tecnologia: a Palm. A HP até diz que, quem sabe, no futuro, possa, talvez, fazer alguma coisa com o sistema […]
“A HP informa que irá descontinuar as operações envolvendo aparelhos webOS, especificamente o [tablet] TouchPad e os celulares webOS”. Foi assim, com um comunicado frio, que morreu uma das empresas mais importantes da história da tecnologia: a Palm. A HP até diz que, quem sabe, no futuro, possa, talvez, fazer alguma coisa com o sistema webOS. Mas já era. A Palm acabou.
Ela transformou os palmtops numa realidade de mercado (porque entendeu, ao contrário da pioneira Apple, que tinham de ser simples e baratos) e criou uma série de hits – Pilot I, II, III, V, Tungsten, Zire, Treo e Centro, que venderam milhões de unidades numa época pré-histórica em que ninguém sabia direito o que era a computação de bolso. Mas relaxou, foi ultrapassada pelo Windows Mobile (que, numa decisão bizarra, até chegou a adotar) e acabou soterrada, em 2007, por uma avalanche chamada iPhone.
Em 2009, renasceu. Contratou o engenheiro Jon Rubinstein, que tinha desenvolvido o iPod para a Apple, e mostrou o Pre. Um smartphone à frente de seu tempo, com vários recursos que depois foram copiados pelo iOS e pelo Android (e alguns, como o carregador sem fio, que continuam exclusivos até hoje). Mas o Pre demorou a chegar ao mercado, não emplacou, definhou. Até que em 2010, à beira da falência, a Palm foi comprada pela HP. Na época, escrevi que isso poderia ser a salvação ou a morte definitiva. Foi a morte. Adeus, Palm.