Na hora da paquera: se os outros querem, a gente quer também
Sai pra lá que eu vi primeiro!
Olha aí como o cérebro nos engana: você pode nem estar assim tão interessado naquela pessoa, mas, se perceber que um desconhecido qualquer está… É tiro e queda: vai crescer o olho também.
Pesquisadores da Universidade de Indiana (EUA) puseram 40 homens e 40 mulheres para assistir a vídeos de speed-dates (aquele esquema em que desconhecidos vão tendo “mini-encontros” que terminam no soar de uma campainha – daí todos trocam de par, sabe?).
Depois de assistir às gravações, os voluntários respondiam se tinham ou não ficado interessados nas pessoas que apareciam nos dates. E no que isso deu?
Mulheres: na maioria dos casos, o interesse das voluntárias subia quando a moça do vídeo também dava avaliação positiva ao candidato. Já se ela não gostasse do companheiro de speed-date, as participantes do teste também demonstravam pouco interesse.
Homens: quase a mesma coisa. Em geral, eles já demonstraram interesse na maioria das moças logo de primeira. Mas, se os caras dos vídeos também gostassem delas, as avaliações positivas aumentavam ainda mais. E mais: o interesse dos voluntários nas mulheres também aumentava se eles considerassem bonitos os homens que apareciam com elas nos vídeos.
É uma questão de competição?
Segundo os responsáveis pela pesquisa, não necessariamente. Esse fenômeno de “cópia da escolha alheia” (tradução livre do termo usado por eles, “mate choice copying”) é natural e bem comum no reino animal – em especial em pássaros e peixes. Eis que nós, tão evoluídos que somos, não fomos tão longe nesse aspecto…