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Ciência Maluca

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Abelhas são pessimistas

Por Thiago Perin
Atualizado em 21 dez 2016, 10h00 - Publicado em 29 jun 2011, 14h56

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Uma abelha não tem como expressar pessimismo em palavras. Não dá para ir lá e perguntar “ei, abelha, você acha que esse copo está meio cheio ou meio vazio?”. Mas em ações, pode.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, treinou algumas a associar um cheiro específico a uma recompensa legal, doce, e outro a uma recompensa ruim, amarga. Então, para deixá-las traumatizadas, sacudiram as colméias onde metade delas estava, simulando o ataque de um predador.

A ideia era observar se, assim como uma pessoa que sofre de depressão, as abelhas sacudidas encarariam um novo estímulo, neutro e ambíguo, como positivo ou negativo.

De fato, elas continuaram se interessando pelo primeiro cheiro, mesmo após sofrerem o suposto ataque. Mas, quando exposta ao novo aroma, desconhecido, a maioria delas ficou relutante em se aproximar. Além disso, análises posteriores feitas nos cérebros das abelhas sacudidas mostraram níveis alterados de dopamina, serotonina e octopamina, três neutransmissores potencialmente ligados à depressão.

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Ou seja, elas agiram como se fossem pessimistas, e seus cérebros deram os mesmos sinais.

Segundo os cientistas, isso pode significar que as abelhas têm, em algum nível, sentimentos. É a primeira vez que um estudo descobre sinais de emoções em animais invertebrados.

Então, seja legal. Se alguma abelha aparecer por aí, não saia correndo, não bata nela com o jornal. Você pode partir o coração da pobrezinha. Vai saber.

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