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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Apple mostra o iOS 12, com dobro da velocidade, e desafia Google e Facebook

Novo sistema operacional promete aumentar a performance dos iPhones; navegador Safari irá bloquear sistemas montados por Google e Facebook para vigiar a navegação das pessoas na internet

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
4 jun 2018, 16h12 • Atualizado em 4 set 2024, 15h36
  • Se você tem um iPhone, provavelmente já passou por uma experiência ruim ao atualizar o iOS: o celular, que até então funcionava superbem, fica lento e engasgando. Durante anos, isso alimentou teorias conspiratórias de que a Apple agia de forma proposital, para estimular as pessoas a comprarem iPhones novos. Até que, em dezembro de 2017, descobriu-se que, sim, era intencional: o iOS 11 reduzia a velocidade do processador de certos iPhones. A Apple se justificou alegando que, se ela não fizesse isso, os smartphones poderiam desligar ou reiniciar sozinhos em situações de uso intenso, pois suas baterias já estavam desgastadas e não conseguiam mais fornecer a corrente necessária. Para se redimir, a empresa abaixou o preço das baterias novas, e distribuiu uma atualização permitindo que os usuários reabilitem a velocidade total. Mas o caso, que ficou conhecido como batterygate, arranhou a imagem da Apple.

    O iOS 12, que foi apresentado hoje pela empresa, vai na direção oposta: promete aumentar dramaticamente a velocidade de iPhones e iPads mais antigos. A Apple usou como exemplo um iPhone 6 Plus, bem antiguinho: foi lançado em 2014. Segundo a empresa, o iOS 12 deixa esse celular muito mais ágil: os apps abrem 40% mais depressa (o teclado supostamente é 50% mais rápido, e a câmera 70%).

    O novo sistema poderá ser baixado em todos os dispositivos compatíveis com o iOS 11. Isso é uma novidade para a Apple, que sempre costumou excluir iPhones e iPads mais antigos de seus updates. As promessas de performance só poderão ser comprovadas quando o iOS 12 for liberado, o que está previsto para os próximos meses (a versão beta, para desenvolvedores, sai hoje mesmo).

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    Fora isso, o iOS não mudou muito: ele tem um app novo (o Measure, que permite medir objetos usando a câmera do iPhone ou do iPad), e traz alterações relativamente sutis no Apple News, na Siri e no aplicativo CarPlay – que finalmente vai permitir que você use o Google Maps ou o Waze em vez do Apple Maps. Mas o mais útil são as notificações agrupadas: agora, o iOS vai juntar notificações que tenham a ver umas com as outras. Uma sequência de mensagens do WhatsApp, por exemplo, poderá ser exibida numa só notificação. É algo que o Android já faz há vários anos, e o iOS realmente estava devendo – porque ajuda muito no dia a dia.

    A nova versão do navegador Safari, tanto no iOS quanto no macOS, irá bloquear os mecanismos que o Facebook e o Google usam para monitorar a navegação das pessoas na internet. “Nós vamos acabar com isso”, disse Craig Frederighi, vice-presidente da Apple, sem citar nominalmente as duas empresas (LEIA MAIS: Como não ser espionado pelo Google e pelo Facebook).

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    Outras coisas pontuais:

    – o iOS ganhou a função Do Not Disturb (não perturbe), que silencia automaticamente as notificações do iPhone enquanto você dorme e também pode ser acionada manualmente – durante uma reunião, por exemplo.

    – no novo sistema, você poderá criar o seu próprio animoji, baseado no seu rosto.

    – o aplicativo FaceTime agora permite fazer chats em grupo, com até 32 pessoas.

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    – a Apple fez uma demonstração de realidade aumentada com Lego: você coloca algumas pecinhas sobre a mesa e o iOS projeta um cenário virtual e interativo, com casas, prédios e bonecos feitos de Lego.

    – o watchOS, sistema operacional do Apple Watch, agora detecta automaticamente quando você se exercita (não é preciso iniciar manualmente o registro do exercício). É algo que o app Google Fit faz no Android, e facilita bem as coisas.

    – o Apple TV passa a ser compatível com as tecnologias Dolby Atmos (de som surround) e Dolby Vision (que aumenta o contraste da imagem).

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    – a nova versão do macOS se chama Mojave, e tem como destaques a função Dark Mode, que escurece o Dock e as janelas (para cansar menos os olhos), e o Desktop Stacks, que organiza os ícones da área de trabalho.

    – ainda não rolou a aguardada migração do macOS para a arquitetura ARM. (A Microsoft já portou o Windows para essa arquitetura, que promete revolucionar os notebooks.). A Apple disse que o iOS e o macOS continuarão existindo separadamente, mas o macOS poderá rodar apps do outro sistema no futuro.

    Análise:

    A Apple não trouxe nenhuma novidade arrebatadora. Mas, no conjunto, acabou mostrando bastante coisa. Sua decisão de afrontar o Google e o Facebook, bloqueando os sistemas de monitoramento criados por essas empresas, pode apontar um novo caminho para a internet. E se o iOS 12 entregar o que promete, e os iPhones ficarem dramaticamente mais rápidos, a empresa terá realizado um feito e tanto. Inclusive do ponto de vista comercial, já que isso fatalmente reduzirá as vendas de iPhones novos – e, portanto, o lucro da própria Apple.

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    Talvez ela só esteja se antecipando a um movimento que deve acontecer, no mercado de smartphones como um todo, nos próximos dois ou três anos: a estabilização, e posterior estagnação, do mercado. Estamos chegando a um ponto em que os celulares intermediários já oferecem performance suficiente para a maioria das pessoas, e mantêm boa experiência de uso por vários anos. Ainda não estamos lá; mas estamos perto.

    Hoje, você só troca o seu PC ou notebook quando ele quebra. Nos próximos anos, isso começará a valer também para o smartphone. É mais do que provável; tende a ser inevitável.

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